Poderemos enunciar alguns princípios apriorísticos em biologia? Certamente que sim. O primeiro é que todas as formas de vida procuram “crescer e multiplicar-se”.
Crescer significa que os organismos vivos são capazes de sintetizar os seus próprios componentes e que o fazem mais depressa do que os catabolizam. Isso revela que têm capacidade para aumentar a sua massa.
Ao crescerem, os organismos vivos replicam-se, ou reproduzem-se, por divisão simples (cissiparidade) ou de forma sexuada. Trata-se de um processo que depende do crescimento e que podemos interpretar como uma tentativa de sobreviver ao tempo.
Se os seres vivos não crescessem e se multiplicassem cessariam de existir porque veriam a sua entropia aumentar até se decomporem. Podemos portanto afirmar que todas as formas vivas crescem e se multiplicam.
Este princípio, a priori, pode ser deduzido logicamente, da própria definição de vida e da análise do que a distingue dos seres inanimados. Quando afirmo que nós, enquanto Homo Sapiens, temos por principal finalidade crescermos e multiplicarmo-nos estou apenas a reiterar que somos elementos da biomassa da terra, sujeitos às suas leis imutáveis.
Qualquer um de nós pode escolher para si o destino que muito bem entender, mas não se pode furtar a este princípio a priori que aqui enunciei, sob pena de renunciar à vida. Quem não apreender que “crescermos e multiplicarmo-nos” é essencial para a existência humana é natural que possa ser considerado confuso.
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