10 dezembro 2008

bem comum II

De que nos serve afirmar que Deus é o Bem Comum, ou até, de um modo mais prosaico, que a finalidade última dos seres humanos é a perpetuação da espécie – o Homo Sapiens?
Pode parecer que não nos serve de muito porque ao estabelecermos objectivos de tão longo prazo (estamos a falar da imortalidade e da eternidade) podemos ter dificuldade em descobrir os caminhos que devemos percorrer. E a vida faz-se caminhando.
Como é que esse Bem Comum pode afectar as nossas escolhas, enquanto homens livres? No dia a dia, no seio da família, no trabalho e na sociedade, e também na vida política.
Por mais informação que consigamos reunir e por mais inteligência de que sejamos dotados, tomamos a maior parte das nossas decisões com base em elementos escassos, muito apoiados na intuição e nas emoções. Ora deste modo é muito fácil errar e dar contributos para o Mal, mesmo que com boas intenções. De boas intenções está o inferno cheio...
A noção de Bem Comum é extremamente importante, na minha opinião, mas pela negativa. Se não nos elucida sobre o melhor caminho a seguir, indica-nos com clareza os caminhos proibidos.
O ateísmo e o laicismo são caminhos do Mal. O niilismo, enquanto negação da verdade, é um Mal. A violência contra a vida humana é um Mal. O assalto à propriedade privada é um Mal. A inveja é um Mal.
Em termos políticos, qualquer regime que prive os cidadãos dos seus direitos cívicos fundamentais é ilegítimo e não nos deve repugnar chamar-lhe satânico.

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