A crise financeira chega em força à Grécia.
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Antes da Grécia adoptar o Euro esta crise seria resolvida pondo o banco central grego a emitir dracmas, que emprestava aos bancos, para eles fazerem face ao pânico bancário. Agora, a Grécia não tem banco central que emita a sua moeda nacional. Terá de ser o Estado, isto é, o contribuinte grego a pôr o dinheiro para conter a corrida aos bancos.
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No caso de a corrida aos bancos persistir, onde vai o Estado grego buscar os euros? Uma solução é aumentar os impostos, muito improvável em situação de emergência. A alternativa é o Estado grego pedir emprestado ao exterior, a bancos ou a governos estrangeiros. Mas numa altura em que ninguém empresta a ninguém (os próprios bancos já não emprestam a outros bancos) quem vai emprestar dinheiro ao Estado grego que possui já uma enorme dívida, e preside a um país que vive consideravelmente acima das suas possibilidades (segundo o artigo, o défice de transacções correntes é já de 15% do PIB)? Provavelmente ninguém.
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Existe uma última alternativa: a Grécia abandona o euro, volta ao dracma e o banco central emite dracmas para resolver a corrida aos bancos, causando uma enorme inflação pelo caminho. Esta alternativa pode ser inevitável.
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O cerco está a apertar. Outros países como a Grécia estão na calha. Quais serão?
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