Os estudo das religiões está muito sobre cotado. Presumo que os adolescentes continuam a interessar-se pelo Taoísmo, pelo Budismo, pelo Hinduísmo, ou pelo Islamismo, para aterrorizarem os pais com a perspectivam de mudarem de religião.
Entrar em casa com o Tao Te Ching, debaixo do braço, é uma receita perfeita para criar pânico nas famílias burguesas. Depois, basta o pequeno energúmeno sentar-se no chão de pernas cruzadas e reverberar algumas frases enigmáticas como: “O caminho que pode ser descrito nunca é o verdadeiro caminho”, e o cenário está montado para uma hilariante troca de olhares, ou até de recriminações, entre os pais. Um mantra bem entoado também surte o seu efeito: “Om mani padme hum”.
Não acredito que ninguém, no seu perfeito juízo, escolha uma religião depois de aturado esforço intelectual. As religiões são um elemento estruturante das civilizações e, portanto, a nossa religião vem por default, de acordo com as coordenadas do nosso nascimento. Os adultos que mudam de religião parecem-me pessoas pouco maduras que querem fazer aos vizinhos o que, em devido tempo, poderiam ter feito aos pais.
Daí que, reafirmo, o estudo das religiões tenha um interesse limitado. Perdoem-me a comparação, mas é como o interesse de irmos a um restaurante exótico. Eu adoro sushi e também comida chinesa, mas no dia a dia gosto dos nossos sabores.
Quem nasce em Portugal, pode interessar-se por outras religiões por uma questão de cultura geral, mas, no fim, a única escolha possível, se tiver os sete alqueires bem medidos, é a religião Católica. Ámen.
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