Numa tribo africana a única riqueza eram as cabeças de gado bovino. Os sobas acumulavam grandes manadas e com essa riqueza obtinham poder, respeito e a admiração que lhes garantia o acesso privilegiado às fêmeas mais cobiçadas.
Por vezes surgiam novos ricos, com manadas impressionantes que só poderiam ter sido roubadas, apesar da vigilância apertada da tribo. Qualquer ladrão de gado que fosse apanhado era de imediato julgado, apedrejado e expulso da tribo.
Os novos ricos, porém, era admirados e bajulados até se descobrir que eram ladrões de gado. Pressuposto que era evidente, desde o princípio, mas tacitamente ignorado por todos.
Nas sociedades modernas impera o mesmo princípio. Surgem fortunas do nada e figurões que se comportam como sobas, apesar de todos sabermos que o dinheiro não cai do céu, mas fazermos de conta de cai. Quando alguns são apanhados (raros), todos estão prontos a atirar a primeira pedra.
Há hábitos difíceis de perder.
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