Um profissional médico, economista, historiador, biólogo, ou de outra área qualquer que, vivendo na América do Norte decida mudar-se para Portugal, um dos choques culturais que vai sentir é a falta de informação. Aconteceu-me já a mim, uma situação que eu ainda hoje descrevo como "Foi como se tivesse caído num poço".
Uma sociedade como a americana com uma profunda cultura de especulação (na finança, na ciência, nas ideias) é uma sociedade onde a informação é abundante e está facilmente disponível. Pelo contrário, uma sociedade, como a portuguesa, profundamente conservadora e avessa à especulação, quer no domínio das coisas materiais quer no domínio das coisas do espírito, não precisa de informação para nada e, portanto, não a produz nem a procura. Foi este o sentido deste post.
Acresce que dada a sua cultura católica, a sociedade portuguesa é uma sociedade de pessoas muito faladoras, que emitem opinião sobre tudo e sobre nada. Como argumentei repetidamente noutras ocasiões, a cultura católica privilegia as palavras em detrimento das acções.
Coloquemos agora as duas características em conjunto: pessoas mal informadas e que estão sempre a falar e a emitir opinião sobre tudo e sobre nada. Quando abrem a boca, então, o resultado mais provável é "ou entra mosca...". É este o sentimento predominante que tenho tido ao ler e ouvir as apreciações nos meios de comunicação convencionais - jornais, rádio e televisão - à crise financeira actual e, em particular, à crise americana. A melhor literatura a este respeito, curiosamente, tem ocorrido na internet graças, em parte, aos esforços do João Miranda, que é um excelente especulador de ideias.
Uma sociedade como a americana com uma profunda cultura de especulação (na finança, na ciência, nas ideias) é uma sociedade onde a informação é abundante e está facilmente disponível. Pelo contrário, uma sociedade, como a portuguesa, profundamente conservadora e avessa à especulação, quer no domínio das coisas materiais quer no domínio das coisas do espírito, não precisa de informação para nada e, portanto, não a produz nem a procura. Foi este o sentido deste post.
Acresce que dada a sua cultura católica, a sociedade portuguesa é uma sociedade de pessoas muito faladoras, que emitem opinião sobre tudo e sobre nada. Como argumentei repetidamente noutras ocasiões, a cultura católica privilegia as palavras em detrimento das acções.
Coloquemos agora as duas características em conjunto: pessoas mal informadas e que estão sempre a falar e a emitir opinião sobre tudo e sobre nada. Quando abrem a boca, então, o resultado mais provável é "ou entra mosca...". É este o sentimento predominante que tenho tido ao ler e ouvir as apreciações nos meios de comunicação convencionais - jornais, rádio e televisão - à crise financeira actual e, em particular, à crise americana. A melhor literatura a este respeito, curiosamente, tem ocorrido na internet graças, em parte, aos esforços do João Miranda, que é um excelente especulador de ideias.
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