Esta brincadeira deste comentário revela o estado de neutralidade moral que é normalmente conducente às maiores calamidades, e que o Mário tem frequentemente referido aqui e, sobretudo, aqui.
As causas substanciais que deram origem aos insultos não são analisadas, nem sequer mencionadas. As consequências dessas causas, isto é, os insultos, é que merecem relevância. E o autor acaba a pronunciar julgamento moral sobre os intervenientes, colocando-os a ambos numa situação de igualdade, e a ele próprio numa posição de superioridade moral de juiz - ele que, como referi acima, parece não ligar nada à moral.
E, do alto da sua alegada superioridade moral, ainda acaba a dar conselhos como se estivesse a tratar com um menino de escola - a mim que, provavelmente, tenho idade e currículo para ser pai dele. Os modernos moralistas não ligam nada à moral. É coisa que não lhes interessa, excepto quando a podem utilizar instrumentalmente para os fazer parecer bem. Como é o caso.
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Portanto, para o jornalista autor do comentário no Jornal de Negócios, aqui fica a minha reacção. Engula lá o seu moralismo porque é um moralismo de vão-de-escada. A moral só é invocada por si quando o faz parecer bem, e parecer mal os outros, e não como critério de julgamento imparcial dos comportamentos humanos.
As causas substanciais que deram origem aos insultos não são analisadas, nem sequer mencionadas. As consequências dessas causas, isto é, os insultos, é que merecem relevância. E o autor acaba a pronunciar julgamento moral sobre os intervenientes, colocando-os a ambos numa situação de igualdade, e a ele próprio numa posição de superioridade moral de juiz - ele que, como referi acima, parece não ligar nada à moral.
E, do alto da sua alegada superioridade moral, ainda acaba a dar conselhos como se estivesse a tratar com um menino de escola - a mim que, provavelmente, tenho idade e currículo para ser pai dele. Os modernos moralistas não ligam nada à moral. É coisa que não lhes interessa, excepto quando a podem utilizar instrumentalmente para os fazer parecer bem. Como é o caso.
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Portanto, para o jornalista autor do comentário no Jornal de Negócios, aqui fica a minha reacção. Engula lá o seu moralismo porque é um moralismo de vão-de-escada. A moral só é invocada por si quando o faz parecer bem, e parecer mal os outros, e não como critério de julgamento imparcial dos comportamentos humanos.
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