Os parques e jardins dos países anglo-saxónicos são para desfrutar e os dos países latinos são para contemplar. Em Nova Iorque, o Central Park é um espaço que a população utiliza e vive intensamente. Os relvados servem para brincar, correr, saltar, apanhar um banho de sol ou fazer um piquenique. Faz-se lá jogging, anda-se de patins ou skate, ou simplesmente repousa-se. Quando lá fui a última vez, uma cantora de ópera ensaiava uma ária, para júbilo dos passantes.
Pelo contrário, no Jardin del Buen Retiro, no centro de Madrid, é proibido pisar a relva, não há espaços de lazer e os visitantes apenas podem contemplar a maravilhosa variedade botânica e o virtuosismo dos jardineiros, demonstrado pela resultado artístico dos seus trabalhos.
Nos países anglo-saxónicos contam mais as acções e nos latinos a imagem (ver posts de PA sobre este tema). Daí que nos primeiros se desfrute pela acção e nos segundos pela contemplação.
Talvez em relação às mulheres se passe o mesmo fenómeno. As anglo-saxónicas apresentam-se de forma minimalista, mas é para serem desfrutadas à balda, pelo primeiro que apareça. Já as latinas preocupam-se muito mais com a imagem, são mais estimulantes para os sentidos e não são, por assim dizer, de “abertura fácil”.
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