O sentimento de pertença a um grupo, ou tribo, é um dos elementos mais básicos da nossa natureza. A expressão não é muito feliz e traduz mal o “belonging” dos anglo-saxónicos, mas é o melhor que, de momento, consegui engendrar.
Em inglês, “belonging” tem o sentido de uma ligação profunda e duradoura, uma ligação que não admite evasivas. É um sentimento que se desenvolve nos primeiros anos de vida, de inicio pela ligação à mãe e depois à família e ao resto da comunidade. Pertencermos a um grupo é definirmo-nos em função das características desse grupo e moldarmos o nosso comportamento de modo a sermos aceites pelos demais.
Ser português, ter o sentimento de pertencer a este País, significa o quê? Que características poderemos continuar a destacar como portuguesas? A língua portuguesa, a história, os antepassados comuns e a religião Católica são essenciais a este sentimento, mas também o nosso espírito de entreajuda, a tolerância racial e o universalismo.
Estas características dão-nos uma grande vantagem competitiva, nesta era de globalização. O sistema de ensino deveria, portanto, reforçar estes elementos da nossa identidade desde a escola primária. Para enaltecer este sentimento de pertença, temos de ter a consciência de que somos especiais (ninguém quer ser de um clube perdedor), somos diferentes e melhores do que os outros.
Os imigrantes que procuram o nosso País devem ser expostos às características que nos definem. Não devemos aceitar na nossa tribo pessoas intolerantes, sem sentido de entreajuda ou racistas. Essas atitudes destroem o Espírito Lusitano.
Sem comentários:
Enviar um comentário