23 julho 2008

autoritarismo

O primeiro-ministro tem pouca autoridade, mas é bastante autoritário. No último post dei um exemplo concreto de autoridade, em contraste com autoritarismo. Talvez seja esclarecedor dar agora um exemplo de autoritarismo.
O primeiro-ministro é um caso paradigmático. Não tem a autoridade que deriva do estudo aprofundado, nem se preocupa com isso. O seu discurso é superficial e não transmite confiança. Muda com frequência de opinião e parece mais atento aos discursos dos outros do que à coerência do seu próprio discurso.
Isto não o impede, porém, de ser abrasivo nas suas críticas a todos os que discordam do governo, um tique verdadeiramente autoritário, nem de impor as suas opiniões como se estas proviessem de um oráculo. O poder coercivo do Estado tem sido usado, com frequência, para admoestar os críticos e calar as “forças de bloqueio”, outro tique autoritário.
Neste sentido, o primeiro-ministro não se tem revelado nada liberal. Antes de mais o liberalismo é tolerância e portanto o autoritarismo é sempre um “iliberalismo”. A autoridade, pelo contrario, é um exercício de liberdade.

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