Quando George Eastman necessitou de um nome para a sua empresa de material fotográfico procurou uma designação curta, com uma boa sonoridade e que não pudesse ser confundida com qualquer outra coisa. A escolha foi KODAK, uma marca inconfundível e que vale milhões.
Os critérios do Sr. Eastman parecem simples, mas só se for por terem um toque de génio. São critérios que ainda hoje são válidos e que têm funcionado para muitas novas empresas. Estou a pensar na Google, na Yahoo, na Skype ou na Apple.
Se repararmos, quase todas estas palavras têm cinco letras; 4 ou 6 já não dá bem o mesmo resultado. A sonoridade é sexy e a nossa capacidade de memorização para estes nomes é grande.
O mesmo se passa com as cidades. Paris, Berlin, London, mas também Roma ou Madrid. Porto e Lisboa também são nomes atractivos e fáceis de pronunciar noutras línguas. A designação Oporto, ao gosto dos bifes, é bonita e Lisbon também soa bem.
Todas as instituições adoptam características das cidades e dos países onde se localizam e as universidades não são nenhuma excepção. Quando estava nos EUA gostava de dizer que tinha estudado na Universidade de Lisboa (University of Lisbon). A maior parte das pessoas reconheciam a marca Lisboa que obviamente tinha uma mais-valia.
As universidades estão muito atentas às suas marcas e ainda recentemente, no R.U., duas escolas superiores saíram da University of London, em parte porque as suas marcas eram mais fortes e atraíam mais clientes. Passou-se com a UCL e com o Imperial College.
Não deixo de ficar surpreendido, pelos comentários aos meus posts anteriores (aqui e aqui) que, em Portugal, se pense que estes aspectos não são importantes. Isto diz muito sobre as nossas universidades.
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