25 junho 2008

populorum progressio

A descentralização do ensino universitário é nociva. Por descentralização, refiro-me à quantidade de escolas, institutos e pólos universitários que abriram por todo o País e que conferem graus académicos do ensino superior.
Pelo tamanho de Portugal parece-me difícil justificar a existência de mais de duas grandes universidades, uma no Porto e outra em Lisboa, e talvez uma amostra em Coimbra para línguas mortas.
Os meus argumentos não são de ordem académica, nem estatística, nem relativos ao mercado de trabalho. O que eu penso é que parte do ensino universitário tem a ver com desempoeirar as mentes dos jovens e torná-los cosmopolitas. Dar-lhes espírito de iniciativa e confiança para as suas actividades futuras.
Ora é evidente que não é possível tornar alguém cosmopolita em Alguidares de Baixo e é por esta simples razão que eu penso que todas as escolas universitárias fora do Porto e de Lisboa deveriam ser encerradas, como digo, com a excepção de “Coimbra A” onde se poderia continuar a ensinar sânscrito, latim e grego.
Caso contrário poderemos formar muitos doutores e engenheiros, mas será sempre uma comandita indigente e azeitada, sem qualquer mobilidade social.

Sem comentários: