A juntar ao numeroso sortido de barões e de baronetes de que já dispõe, a Dr.ª Manuela Ferreira Leite prepara-se para apresentar o Dr. Francisco Pinto Balsemão como o seu novo e importante apoiante à liderança do PSD.
A Dr.ª Ferreira Leite incorre, com mais esta aquisição, no erro que foi fatal a Marques Mendes, o que demonstra nada ter aprendido com as lições e as asneiras dos outros. Ela julga, acredita mesmo, que o povo laranja se renderá aos encantos das «elites» do partido (cuja existência ela diz rejeitar) e que acorrerá em massa à sua candidatura, atrás de tão ilustre séquito. Demonstra, assim, ignorar por completo a realidade do partido que pretende dirigir. Por um lado, a força eleitoral da máquina laranja – a vulgarmente chamada «cacicagem» -, está nas mãos dos autarcas do partido, a gente «boa» e «simples» da «província» que execra a fidalguia lisboeta e não lhe tem o menor respeito. Mas, por outro, ela desconhece que, aos olhos dos eleitores do seu partido, o recurso às chamadas «grandes figuras» só evidencia falta de força própria. Sá Carneiro nunca precisou dos barões, hostilizou-os até, e Cavaco tratava-os como se não tratavam as velhas criadas de província.
Acresce que o Dr. Balsemão nada tem a dizer ao partido que ajudou a fundar há trinta e quatro anos (e que por várias vezes esteve prestes a fazer cindir), menos ainda ao País, sobre o seu futuro. O Dr. Balsemão – o eterno redactor de um exótico e ignorado documento que é o «Programa do PSD» pertence irremediavelmente ao passado da política portuguesa, se é que alguma vez pertenceu ao presente.
Com este notável naipe de celebridades que a ela se juntam, a Dr.ª Ferreira Leite não quer fazer um partido. Quer abrir um museu.
A Dr.ª Ferreira Leite incorre, com mais esta aquisição, no erro que foi fatal a Marques Mendes, o que demonstra nada ter aprendido com as lições e as asneiras dos outros. Ela julga, acredita mesmo, que o povo laranja se renderá aos encantos das «elites» do partido (cuja existência ela diz rejeitar) e que acorrerá em massa à sua candidatura, atrás de tão ilustre séquito. Demonstra, assim, ignorar por completo a realidade do partido que pretende dirigir. Por um lado, a força eleitoral da máquina laranja – a vulgarmente chamada «cacicagem» -, está nas mãos dos autarcas do partido, a gente «boa» e «simples» da «província» que execra a fidalguia lisboeta e não lhe tem o menor respeito. Mas, por outro, ela desconhece que, aos olhos dos eleitores do seu partido, o recurso às chamadas «grandes figuras» só evidencia falta de força própria. Sá Carneiro nunca precisou dos barões, hostilizou-os até, e Cavaco tratava-os como se não tratavam as velhas criadas de província.
Acresce que o Dr. Balsemão nada tem a dizer ao partido que ajudou a fundar há trinta e quatro anos (e que por várias vezes esteve prestes a fazer cindir), menos ainda ao País, sobre o seu futuro. O Dr. Balsemão – o eterno redactor de um exótico e ignorado documento que é o «Programa do PSD» pertence irremediavelmente ao passado da política portuguesa, se é que alguma vez pertenceu ao presente.
Com este notável naipe de celebridades que a ela se juntam, a Dr.ª Ferreira Leite não quer fazer um partido. Quer abrir um museu.
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