![](http://2.bp.blogspot.com/_BLbMyNYOj58/SB_9wQEv6CI/AAAAAAAAAlM/16Ycc8kDq18/s320/guillotine.jpg)
Todas as portuguesas deveriam ler estas autoras e procurar inspiração nas suas vidas. Deixo aqui um excerto do livro The God of the Machine:
Se o principal objectivo de vida do filantropo, a razão da sua vida, for ajudar os outros, o seu bem último requer que os outros necessitem. A sua felicidade é o espelho da miséria dos outros. Se quiser ajudar a humanidade, toda a humanidade deve estar necessitada. O filantropo quer ser indispensável na vida dos outros. Não aceita nem a ordem divina nem a ordem natural, pela qual os homens têm os meios de se ajudarem a si próprios. O filantropo, o humanista, põe-se no lugar de Deus.
Mas confronta-se com dois factos; primeiro: os competentes não precisam de ajuda e segundo: a maior parte das pessoas, se não estiverem pervertidas, não estão à espera, nem querem, que o humanista lhes venha fazer bem. Quando se afirma que cada um deve viver para os outros, que comportamentos se esperam? Deve cada um fazer apenas o que cada um dos outros pretende, sem limites nem reservas? E apenas o que os outros querem? E se diversas pessoas fizerem solicitações contraditórias? O esquema não funciona.
Talvez então o humanista deva fazer apenas o que é de facto bom para os outros. Mas saberão os outros o que é de facto bom para eles? Não, a dificuldade é a mesma. Deve então A fazer apenas o que julga ser bom para B, e B fazer o que julga ser bom para A? Ou deve A fazer apenas o que acha ser bom para B e vice-versa? É um absurdo. É evidente que o humanista propõe-se é fazer o que ele considera ser bom para todos. É neste ponto que o humanista prepara a guilhotina.
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