Em posts anteriores (aqui, aqui e aqui) desenvolvi o conceito de que o conhecimento não é intuitivo, necessita de um estudo aprofundado. As elites são os grupos sociais que detêm o conhecimento e portanto são indispensáveis a qualquer sociedade. Por fim dei o exemplo do resultado perverso que o desconhecimento de economia tem na cultura do País.
Nesse exemplo, os empresários, que no actual contexto nacional são verdadeiros heróis, transformam-se aos olhos da populaça em vilões. Perseguidos pelas autoridades, como pela ASAE e pelo fisco, sobrecarregados com encargos e mesmo assim resistentes. Os que pensam que se deve aos empresários a lamentável situação económica do País, estão a morder a mão que lhes dá de comer. Estão a matar a galinha dos ovos de ouro, por outras palavras.
Os empresários não se apropriam nem de mais nem de menos daquilo que lhes é devido porque não são eles que estabelecem os preços. Os preços são estabelecidos pelo equilíbrio entre a oferta e a procura. Isto mesmo se aplica também aos salários, os patrões não podem pagar nem de mais nem de menos. Se pagassem de menos os empregados viravam-lhes as costas e se pagassem de mais eram comidos pelos concorrentes.
Não serão os empresários grandes “amigos da humanidade”? Dei o exemplo de Bill Gates e afirmei que lhe devíamos mais enquanto fundador da Microsoft do que enquanto filantropo. A Microsoft revolucionou o mundo em que vivemos, permitindo aumentar a produtividade e democratizar o consumo de tantos bens. Pelo facto de Gates ter ganho uma fortuna a fazê-lo tem menos mérito do que se tivesse desenvolvido o seu esforço sem remuneração? No meu ponto de vista não.
E os biliões que ganhou, deverão ficar na sua mão ou deverão ser entregues aos políticos para redistribuir. Na minha opinião a nota fica melhor com Gates do que com Bush. E por cá aplicava o mesmo princípio, prefiro que os milhões do Eng. Belmiro de Azevedo sejam administrados por ele do que pelo Eng. Sócrates. Mas estou certo que a populaça discordaria.
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