A imprensa desta terça feira dá algum destaque à engenharia financeira que está para acontecer na Compal. A empresa de sumos, adquirida em 2006 pelo consórcio Sumolis-CGD pela estrondosa verba de 426 milhões de Euros, vai mudar de mãos. De acordo com os jornais de hoje, a CGD vai alienar 35% da Compal – onde o banco do Estado tem uma participação de 80% - à Sumolis em contrapartida de dinheiro. Assim, a Sumolis da família Eusébio, até aqui com apenas 20% da Compal, ficará então com 55% da sua antiga concorrente. Contudo, é apenas numa segunda fase do negócio que surge a parte verdadeiramente interessante: a negociação dos restantes 45% da Compal. Aparentemente, a CGD entregará à família Eusébio as acções remanescentes da Compal e receberá em troca, não dinheiro, mas sim acções da própria Sumolis após esta realizar um aumento de capital. Ou seja, a CGD deixa de ser sócia da Sumolis e passará a ser sua accionista.
Em 2006, de acordo com o "Diário Económico", a Compal facturou 170 milhões de Euros e exportou para 39 países. Por seu turno, a Sumolis atingiu os 172 milhões de Euros em facturação e marcou presença em 20 países diferentes. Enfim, os valores de facturação são idênticos, mas representam um estranho equilíbrio tendo em conta que uma passará a deter a outra em 100%. A aquisição da Compal permitiu à Sumolis inverter a situação deficitária – leia-se prejuízos – que ostentava e, pela primeira vez nos últimos três anos, vai por fim apresentar resultados líquidos positivos. Ainda bem. Mas, infelizmente, a negociata agora realizada entre a Sumolis e a CGD levanta fortes reservas. Porque parece indiciar o que, desde o início, se me afigura como mais provável, ou seja, que se quis recuperar a Sumolis. E, no processo, imagino, ajudar na amortização de créditos que esta, eventualmente, possa ter contraído junto da CGD. Tão simples quanto isso.
Em 2006, de acordo com o "Diário Económico", a Compal facturou 170 milhões de Euros e exportou para 39 países. Por seu turno, a Sumolis atingiu os 172 milhões de Euros em facturação e marcou presença em 20 países diferentes. Enfim, os valores de facturação são idênticos, mas representam um estranho equilíbrio tendo em conta que uma passará a deter a outra em 100%. A aquisição da Compal permitiu à Sumolis inverter a situação deficitária – leia-se prejuízos – que ostentava e, pela primeira vez nos últimos três anos, vai por fim apresentar resultados líquidos positivos. Ainda bem. Mas, infelizmente, a negociata agora realizada entre a Sumolis e a CGD levanta fortes reservas. Porque parece indiciar o que, desde o início, se me afigura como mais provável, ou seja, que se quis recuperar a Sumolis. E, no processo, imagino, ajudar na amortização de créditos que esta, eventualmente, possa ter contraído junto da CGD. Tão simples quanto isso.
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