01 fevereiro 2008

E agora?


O mês de Janeiro terminou ontem. No balanço, o PSI20 desvalorizou 14%. Teríamos de recuar até Setembro de 2002 para encontrar uma perda mensal de semelhante dimensão. Entre os vários títulos, com excepção da Jerónimo Martins, todos caíram. Destaque para as acções do BPI, que num só mês perderam mais de um terço do seu valor – 38% para ser mais rigoroso. Mas isto é passado. O relevante é procurar antecipar o futuro.

A conjuntura é negativa. Contudo, há dois títulos que me estão a chamar a atenção: Soares da Costa e Galp. A minha análise é quantitativa. Em geral, utilizo dois indicadores: direcção e volatilidade. Nos mercados accionistas, um aumento da volatilidade pode conduzir a boas oportunidades de compra, desde que a inércia (direcção) associada ao título se mantenha favorável.

Nas séries temporais que servem de base à minha análise, as cotações da Soares da Costa e da Galp tornaram-se em Janeiro mais voláteis, ou seja, o seu desvio padrão aumentou. Por outro lado, a rendibilidade associada a ambas permaneceu positiva. Nestes dois títulos, o sistema de análise está a piscar “comprar”.

No caso da Galp, há ainda dois factores adicionais que reforçam a tese de compra. Primeiro, porque a mesma análise indica “comprar” matérias primas. Segundo, porque o seu Presidente executivo, Ferreira de Oliveira é o mais hábil gestor de empresas em Portugal. Na gestão do que faz e, sobretudo, do que diz.

(declaração de interesses: no momento em que publico este artigo não tenho em carteira nenhum dos títulos mencionados)

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