Tenho seguido, com a curiosidade de um leigo, os vários episódios sobre a evolução das taxas de juros nos EUA e na Europa Comunitária. A decisão de hoje do BCE em manter a taxa actual nos 4%, que espero o Ricardo comente, não cedendo às pressões keynesianas para baixar o preço do dinheiro de modo a «estimular» as economias nacionais do espaço comunitário, parece-me sensata e muito útil. A facilidade de acesso ao crédito, a preços provavelmente inferiores aos do mercado, que tem caracterizado as nossas economias, entre elas a americana, é uma das principais razões geradoras da inflação e que contribui para o endividamento excessivo das pessoas, factores criadores, a prazo, de recessão e pobreza. O assunto não é propriamente uma descoberta recente (a Escola Austríaca já o explica há muito), mas não deixa de ser interessante que haja ainda quem não se conforme com o preço «elevado» do dinheiro. Felizmente, temos uma autoridade supranacional – o BCE – com autoridade e capacidade suficientes para impor esta medida. Certamente que se a decisão fosse da competência das nossas autoridades bancárias, a conversa já há muito que seria bem diferente...
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