Os festins que têm acompanhado a assinatura do Tratado de Lisboa dão a sensação de que a coisa está fechada e encerrada, pronta a consumir. Não está. Falta, como faltou no Tratado Constitucional, a ratificação dos vinte e sete Estados-membros. Como já se percebeu, estes estão a tentar fazer a coisa o mais discretamente possível, tentando evitar a consulta aos cidadãos, para que não suceda o mesmo que aconteceu com aquele outro tratado. Só que muito dificilmente o tratado passará sem que pelo menos alguns países o referendem, e, nesses, o que a opinião pública vai exprimir não é exactamente a sua opinião sobre o objecto referendado (o tratado, que, de resto, desconhece por completo), mas sobre o modo como julga que os novos príncipes da Europa os estão a tratar. Um chumbo redondo, portanto.
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