09 dezembro 2007

o caso Cristina Keller

Logo no primeiro dia de aulas eu anuncio solenemente aos alunos: "Tendo em conta a nossa tradição ancestral, que é a de copiar nos exames, nesta cadeira vocês são livres de copiar - desde que não sejam apanhados."

E, depois, explico melhor, perante o olhar atónito e de incompreensão geral: "Eu tolero patifes, desde que eles sejam competentes. Tenho até admiração por eles, desde que sejam em quantidade limitada, e julgo que são necessários à sociedade. Aquilo que eu não tolero são patifes incompetentes - aqueles que se deixam apanhar. Por esses, não tenho consideração nenhuma, acho que são um ónus para a sociedade e merecem um castigo exemplar".

E não tem sido raro na minha vida aplicar castigos exemplares, daqueles que passados 15 ou 20 anos, os alunos, hoje homens e mulheres feitos, ainda vêm ter comigo para os relembrar.

Enquanto escrevi no Blasfémias, a partir de certa altura, eu fiquei profundamente convencido que alguns dos comentários mais insultuosos e, em certos casos, soezes, a respeito da minha pessoa que eram postos nas caixas de comentários aos meus posts, eram do meu colega CAA, sob diferentes nicks.

Se me pedirem provas materiais, eu tenho de admitir que não as possuo, porque não sei identificars IP's, apagar comentários ou, mais geralmente, manipular a tecnologia dos blogues - e não disponho de tempo nem propensão para me ocupar dessas coisas. A única coisa que sei fazer é escrever posts e colar fotografias - e, às vezes, nem isso facilmente. No entanto, a minha convicção é profunda acerca daquilo que afirmei acima.

Talvez por estar habituado a facilidades, desta vez o CAA provavelmente facilitou demais - e foi apanhado. Na caixa de comentários a este post, procure desvendar o caso Cristina Keller. Tenha em atenção que não se deve condenar uma pessoa inocente, por isso, antes de pronunciar o veredicto, não deixe de dar atenção à negação categórica da patifaria por parte do principal suspeito.

Sem comentários: