Nos termos do meu post anterior, qual seria o tratamento adequado a dar a um grupo de pessoas que viessem para a rua de megafone na mão- e publicassem anúncios maciçamente nos jornais - tentando persuadir os seus concidadãos acerca desta verdade elementar: O dinheiro que vocês depositaram nos bancos não está lá -, provocando desta maneira uma corrida aos bancos, a sua falência e o descalabro do sistema financeiro com todas as misérias que um tal descalabro arrastaria consigo?
Deveríamos felicitá-los por virem revelar a verdade à sociedade e pelo exercício da sua liberdade de expressão - ainda por cima ao serviço da verdade - ou, pelo contrário, deveríamos instituir a censura para esta expressão da verdade?
A resposta parece óbvia e ilustra que a liberdade de expressão tem limites, mesmo quando está ao serviço da verdade. Para quem dispõe do poder o da influência para o fazer, a atitude racional nestes casos é a de instituir a censura. Existem verdades que se podem ter em privado e cultivar em pequenos grupos, mas cuja pregação à escala da sociedade constitui um crime público a merecer a censura e, em certos casos, a prisão.
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