25 novembro 2007

presidencialista

A UE primeiro e o euro, depois, trouxeram para Portugal algumas das condições clássicas que os economistas consideram necessárias, senão mesmo ideais, para o crescimento económico: estabilidade dos preços, baixas taxas de juro, um mercado aberto de muitos milhões de pessoas, diminuição e, nalguns casos, anulação de riscos cambiais, disciplina orçamental e ainda subsídios vultosos de cerca de 2% do PIB ao ano para facilitar a transição.

Não obstante, desde há sete anos, a economia portuguesa não consegue crescer senão a uma taxa que é metade da média europeia e a situação relativa de Portugal não cessa de se degradar.

O que é que está a falhar? Na minha opinião, o regime político. O regime político que saíu da Revolução de Abril de 1974 atingiu o seu limite e é hoje o principal bloqueio à expressão dos elementos criativos e empreendedores da cultura portuguesa.

Um regime presidencialista - favorecendo uma liderança altamente pessoalizada, conforme à nossa cultura - em que o Presidente possui os mais amplos poderes, é eleito por um prazo longo de sete anos, e é não-reelegível, representaria um avanço considerável para desbloquear a sociedade portuguesa e a sua economia.

Sem comentários: