25 novembro 2007

o espectáculo que se segue


Num post anterior, comparando a cultura católica com a cultura protestante, eu sugeri que as pessoas nascidas e criadas numa cultura protestante são mais racionais. Existem vários indicadores que poderiam comprovar a afirmação. Por exemplo, comparando o número de prémios Nobel da ciência, a relação entre aqueles que foram atribuídos a pessoas de países predominantemente protestantes (América do Norte e norte da Europa) com aqueles que foram atribuídos a pessoas de países predominantemente católicos (Europa do sul e América Latina) a relação é, talvez, de setenta para um.

Ao fazer esta afirmação, eu não pretendo ser ofensivo porque não considero que a utilização da razão, em relação à emoção e ao preconceito, seja necessariamente uma vantagem Pretendo apenas significar que, perante as situações da vida, os portugueses (como os espanhóis, os brasileiros, ou os argentinos) reagem muito mais de forma irracional, emocional e preconceituosa do que os americanos, os finlandeses ou os ingleses, os quais fazem mais uso da faculdade da razão.

Para mim, a blogosfera é um meio de aprendizagem e também uma maneira de confirmar ou infirmar certas teses. Em cada cem bloggers ou comentadores, a minha estimativa é a de que não existem mais de cinco - e, em ocasiões anteriores, eu já identifiquei alguns - que consigam manter um debate racional por mais de dez minutos. A maior parte perde a cabeça ao final de cinco minutos, senão mesmo ao primeiro embate. Na realidade, quando o rui a. recentemente me considerou o maior polemista português dos últimos vinte anos, eu diria de outra maneira - um mero especialista em abanar as verdades dos pretensos intelectuais portugueses e, depois, ficar a apreciar o espectáculo que se segue de pura irracionalidade, emotividade e preconceito.

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