Por princípio, repito, por princípio, discordo quase sempre do que o Pedro Arroja escreve sobre os «judeus». E o princípio é este: como individualista e liberal, sempre recusei as generalizações que as categorias sociológicas inevitavelmente comportam. Não acredito que possam existir vontades ou comportamentos colectivos que sejam comuns a moles imensas de indivíduos, como desconfio muito dos conceitos-padrão da Sociologia, tais como «nação», «sociedade», «povo», «classe», etc. Do que discordo certamente também é da imputação de «tendências comportamentais» a categorias sociológicas inanimadas, isto é, a agregados indeterminados de indivíduos, como se a vontade e a personalidade de cada um submergissem a um qualquer colectivismo genético ou social.
Esta minha discordância impede-me, portanto, de fazer juízos sobre «judeus». Como, também, me inibe de fazer juízos generalizadores (sobretudo quando potencialmente ofensivos) sobre «católicos», sobre membros do «opus dei», ou sobre «ateus» e «sportinguistas». Por esse mesmo princípio, manifesto-me habitualmente sobre comportamentos individuais, os únicos que, enquanto liberal, sou capaz de reconhecer. Só esses me interessam, porque só esses consigo imputar a pessoas com rosto. E acredito, por conseguinte, que quando se critica com base em generalizações e categorias, sejam os «judeus», os «católicos», os «chineses» ou os «selenitas», é inevitável cometerem-se as mais profundas e lamentáveis injustiças.
Não deixa, contudo, de ser interessante constatar que as reacções mais violentas aos «post» «anti-semitas» do Pedro Arroja venham precisamente de quem frequentemente invectiva, sobretudo à esquerda, o «Estado de Israel» e o «Sionismo», equiparando-os aos nazis no comportamento que têm para com os palestinianos. Como se eles fossem coisas distintas desse mesmo agregado sociológico – o Povo Judeu – que Arroja tanto censura e como se essa mesma generalização não partisse do mesmo preconceito.
Esta minha discordância impede-me, portanto, de fazer juízos sobre «judeus». Como, também, me inibe de fazer juízos generalizadores (sobretudo quando potencialmente ofensivos) sobre «católicos», sobre membros do «opus dei», ou sobre «ateus» e «sportinguistas». Por esse mesmo princípio, manifesto-me habitualmente sobre comportamentos individuais, os únicos que, enquanto liberal, sou capaz de reconhecer. Só esses me interessam, porque só esses consigo imputar a pessoas com rosto. E acredito, por conseguinte, que quando se critica com base em generalizações e categorias, sejam os «judeus», os «católicos», os «chineses» ou os «selenitas», é inevitável cometerem-se as mais profundas e lamentáveis injustiças.
Não deixa, contudo, de ser interessante constatar que as reacções mais violentas aos «post» «anti-semitas» do Pedro Arroja venham precisamente de quem frequentemente invectiva, sobretudo à esquerda, o «Estado de Israel» e o «Sionismo», equiparando-os aos nazis no comportamento que têm para com os palestinianos. Como se eles fossem coisas distintas desse mesmo agregado sociológico – o Povo Judeu – que Arroja tanto censura e como se essa mesma generalização não partisse do mesmo preconceito.
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