A morte de Arafat facilitou as coisas: com ele vivo a generalidade da esquerda sentia um imenso desconforto em relação ao Estado de Israel. Arafat era o anti-sionista excelentíssimo, um príncipe das areias do Médio Oriente, a quem tudo era permitido em relação a Israel e ao povo que nele habita, para quem não saiba, os «sionistas» e não o Povo Judeu. Mesmo quando assassinava judeus civis, como fez no «Setembro Negro», ou apoiava financeira e militarmente quem o fazia, como continuou sempre a apoiar até ao fim da sua vida, eram «sionistas» e não «semitas» que caiam sob as balas ou as bombas dos suicidas que «libertavam» a Palestina. Nessa altura, os habitantes de Israel eram os «sionistas». Os «semitas» tinham sido as vítimas do nazismo. Hoje, com personagens mais toscas e boçais, com o Hamas e o Fatah desvairados em Gaza, e com o Irão nuclear de Ahmadinejad (o tal que nega o Holocausto e queria trasladar o Estado de Israel para a Europa, com localização a cuidado dos alemães), a coisa está mais fácil para a esquerda: os judeus voltaram a habitar Israel.
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