Eu não sou um adepto da regionalização, mesmo sob a forma das cinco regiões-plano (Norte, Centro, Lisboa-Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), em relação à qual o país não possui qualquer tradição. As Comissões de Coordenação Regional correspondentes a estas regiões não possuem qualquer função útil que não possa ser desempenhada pelo Governo Central ou, preferentemente, pelas Câmaras Municipais.
O Município é a verdadeira instituição regional possuindo uma grande tradição em Portugal e na qual os portugueses se revêem nos seus orgulhos e rivalidades locais. Acontece assim no futebol: o Paços de Ferreira, a Académica de Coimbra, a Naval-1º de Maio (Figueira da Foz), o Leixões (Matosinhos), o Torreense, o Vitória de Setúbal, o Vitória de Guimarães, o Lousanense. Acontece assim também na gastronomia (as tripas à moda do Porto, a posta mirandesa, o leitão da Bairrada, o moscatel de Setúbal, o vinho do Porto) e praticamente em todos os outros sectores da vida social.
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