Contam os jornais que o Congresso do PSD assistiu a uma súbita explosão de putativas futuras lideranças, todas a pensar no «pós-menezismo» e, por consequência, numa previsível derrota eleitoral em 2009. Aguiar Branco citou Nietzsche e manifestou-se disponível para continuar a «contribuir para que o partido seja amanhã melhor do que é hoje». Passos Coelho quer, melhor, exige, que o partido volte «a dar um sonho às pessoas». Ferreira Leite arrancou uma vibrante e sentida intervenção, que fez recordar aos senhores congressistas que ela é sempre uma eterna candidata ao mando. Já Rui Rio, bom, Rui Rio contribuiu para a união da família social-democrata com uns telefonemas a Manuela Ferreira Leite. Perante tamanho empenho de tanta e tão devotada gente, só se estranha que ninguém lhes tenha perguntado por onde andavam há dois meses, quando podiam ter apresentado as suas candidaturas à liderança do partido, ou mesmo há três anos, no seguimento da débâcle de Santana, quando nomearam Marques Mendes regente do laranjal. De facto, nem ninguém lhes perguntou, nem eles pareceram interessados em esclarecer o assunto, o que obviamente deviam ter feito nas suas inflamadas peças de oratória.
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