Segundo o Público de hoje:
«Belém abriu as portas. E à tarde Cavaco Silva passeou-se nos jardins
com a família, o que agradou a quem lá estava: "Acho espectacular"
Às cinco da tarde, centenas de pessoas aguardavam ainda que chegasse a sua vez de entrar nos jardins e no Palácio de Belém. A fila descia a Calçada da Ajuda (a entrada fazia-se pela porta lateral), prosseguia pela Praça Afonso de Albuquerque, passava o Museu dos Coches e avançava pelo passeio.
Iriam aproveitar o que ainda restava deste dia em que a Presidência da República voltou a abrir as portas de Belém no 5 de Outubro, mas já não apanhariam aquilo que para tantos tinha sido de longe o melhor do programa de ontem: o próprio Presidente Cavaco Silva a passear pelos jardins com a família e a mostrar aos netos algumas das obras de arte agora ali expostas.
Porque não há jardim bem cuidado, palácio, concerto, obra de arte ou barco à vela a deslizar no Tejo que consiga rivalizar com a família presidencial na atenção e no entusiasmo que suscita junto da multidão.
Havia comentários por todo o lado: "É o genro. É a filha, é..."; "Já está ali o filho, acho que já está ali o filho"; "Mãe, aquela é a esposa?"
Cumprido o render da guarda, a fadista Cristina Branco ocupou o palco, montado no Pátio dos Bichos, para o primeiro de vários concertos da tarde. Cavaco Silva parou a ouvi-la e depois prosseguiu a caminhada pelos jardins. Às vezes havia uma mãe que conseguia que uma criança fosse beijada ou alguns adultos que contornavam a multidão e iam apertar a mão ao Presidente.
José Ruben, 66 anos, foi um deles. "Já tinha cumprimentado o dr. Mário Soares, há uns 15 ou 20 anos, quando foi da reunião internacional das associações de pais. E agora surgiu a oportunidade..." Esta ideia de Belém abrir as portas à população não podia agradar-lhe mais. "É uma coisa esplêndida. No estrangeiro também fazem isto."»
Não há dúvida que o vírus do populismo é terrível e ataca por toda a parte! E eu que pensava que estas coisas só aconteciam no tempo da monarquia!
«Belém abriu as portas. E à tarde Cavaco Silva passeou-se nos jardins
com a família, o que agradou a quem lá estava: "Acho espectacular"
Às cinco da tarde, centenas de pessoas aguardavam ainda que chegasse a sua vez de entrar nos jardins e no Palácio de Belém. A fila descia a Calçada da Ajuda (a entrada fazia-se pela porta lateral), prosseguia pela Praça Afonso de Albuquerque, passava o Museu dos Coches e avançava pelo passeio.
Iriam aproveitar o que ainda restava deste dia em que a Presidência da República voltou a abrir as portas de Belém no 5 de Outubro, mas já não apanhariam aquilo que para tantos tinha sido de longe o melhor do programa de ontem: o próprio Presidente Cavaco Silva a passear pelos jardins com a família e a mostrar aos netos algumas das obras de arte agora ali expostas.
Porque não há jardim bem cuidado, palácio, concerto, obra de arte ou barco à vela a deslizar no Tejo que consiga rivalizar com a família presidencial na atenção e no entusiasmo que suscita junto da multidão.
Havia comentários por todo o lado: "É o genro. É a filha, é..."; "Já está ali o filho, acho que já está ali o filho"; "Mãe, aquela é a esposa?"
Cumprido o render da guarda, a fadista Cristina Branco ocupou o palco, montado no Pátio dos Bichos, para o primeiro de vários concertos da tarde. Cavaco Silva parou a ouvi-la e depois prosseguiu a caminhada pelos jardins. Às vezes havia uma mãe que conseguia que uma criança fosse beijada ou alguns adultos que contornavam a multidão e iam apertar a mão ao Presidente.
José Ruben, 66 anos, foi um deles. "Já tinha cumprimentado o dr. Mário Soares, há uns 15 ou 20 anos, quando foi da reunião internacional das associações de pais. E agora surgiu a oportunidade..." Esta ideia de Belém abrir as portas à população não podia agradar-lhe mais. "É uma coisa esplêndida. No estrangeiro também fazem isto."»
Não há dúvida que o vírus do populismo é terrível e ataca por toda a parte! E eu que pensava que estas coisas só aconteciam no tempo da monarquia!
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