A forma como fiz convergir, nos meus últimos posts, a comemoração do meu primeiro ano na blogosfera com o tema do Estado Novo, tinha um propósito em vista, que era o de estabelecer uma comparação no que respeita ao princípio da liberdade de expressão.
Salazar teve de reconstruír um país que herdou em ruínas devido aos excessos da liberdade, incluindo o da liberdade de expressão. Salazar não se considerava um liberal - e certamente não era um liberal na esfera política. Não surpreende que ele não fosse um adepto do princípio da liberdade de expressão.
Setenta anos depois, em pleno século XXI e em democracia, pessoas que não têm a responsabilidade de reconstruír um país, mas que são meros intelectuais que se propõem dar opiniões na blogosfera. Intelectuais que se consideram liberais. E que, não obstante, são incapazes de conviver com o princípio da liberdade de expressão.
Era esta a comparação que eu pretendia fazer. E, nela, Salazar sai claramente a ganhar.
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