Existem, por vezes, nas caixas de comentários de um blogue aberto, questões que eu gostaria de ajudar a responder. Aquela que mais me tem impressionado ao longo deste primeiro ano de participação na blogosfera é a que vem de pessoas que me parecem ser geralmente jovens e que se interrogam sobre o que é o liberalismo, confundidas, como me parecem estar, por tantas visões contraditórias da liberdade.
Começo hoje a tentar responder a esta questão. A liberdade é a convicção que um homem sente de pensar, decidir ou agir de acordo com a sua consciência, ou pela sua própria cabeça - ainda quando está em dúvida ou mais tarde constata que estava em erro.
O pior inimigo da liberdade é a mentalidade de grupo. Quando um homem adere a um grupo é uma questão de tempo até que um dilema inevitável se lhe depare, que é o dilema entre optar pela verdade da sua consciência - a sua liberdade -, ainda que à custa de ser impopular, e optar pela verdade do grupo. Um homem que, por norma, prefere a segunda opção à primeira é um escravo - e o pior de todos os escravos. Ele sabe que falhou o seu compromisso para com Deus (ou a Natureza, sendo ateu) que lhe deu uma individualidade e uma consciência únicas.
Por isso, sabendo que é um escravo, ele vai lutar para fazer de todos os outros homens escravos iguais a ele, retirando-lhes, sempre que puder e por todos os meios ao seu alcance, a liberdade de expressão que é a principal maneira que os homens livres possuem para afirmar a sua liberdade.
Na nossa civilização, o exemplo maior do homem livre é Cristo. Antes de morrer na cruz - e sabendo que iria morrer na cruz - ele disse sempre aquilo que deveria ser dito, de acordo com a sua consciência, e não aquilo que os outros gostariam que ele dissesse. A liberdade é geralmente incompatível com a popularidade.
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