2 de Junho de 1926: "Fui convidado para ministro das Finanças (...) Depois de muitas hesitações acabei por aceitar."
18 de Junho de 1926: "Apresentei a minha demissão (...). Fui ministro durante seis dias."
10 de Julho de 1926: "Gomes da Costa foi deposto. Vai ser desterrado para os Açores."
21 de Abril de 1928: "Vicente de Freitas mandou [Duarte Pacheco] ter comigo, para me persuadir a ser ministro das Finanças."
22 de Abril de 1928: "Esta manhã telefonei a Duarte Pacheco e comuniquei-lhe que estava pronto a ser ministro das Finanças (...)."
4 de Abril de 1931: "Estalou uma revolta no Funchal."
8 de Abril de 1931: "Não bastava a revolta da Madeira! Rebelaram-se agora os deportados políticos em São Miguel e na Terceira."
26 de Agosto de 1931: "Rebentou um golpe militar em Lisboa."
28 de Junho de 1932: "Alcancei o objectivo que perseguia: mando em Portugal."
[Salazar é nomeado Primeiro-Ministro]
29 de Agosto de 1933: "Foi criada a Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado"
[mais tarde PIDE e, depois, DGS]
28 de Outubro de 1933: "Amotinaram-se em Bragança alguns elementos militares e houve que prender um certo número de oficiais."
18 de Janeiro de 1934: "Deu-se ontem uma revolta com alguma gravidade. Na Marinha Grande chegou a estar cercada a Guarda Republicana (...)"
24 de Janeiro de 1934: "As revoltas já causaram centenas de mortes, se é que alguém se deu ao trabalho de as contar. Felizmente, só rebentam nas grandes cidades e, ocasionalmente, nas ilhas."
6 de Outubro de 1934: "Tive conhecimento de que há regimentos de prevenção sem que se saiba muito bem a que comando político obedecem."
19 de Maio de 1935: "O Presidente da República fez-me saber que dispunha de informações que indicavam a aproximação de agitação revolucionária."
20 de Setembro de 1935: "Nova conjura militar estava preparada para eclodir no começo deste mês. (...) as forças de segurança actuaram com presteza."
8 de Setembro de 1936: "Avisou-me o ministro da Marinha de que se revoltaram dois navios de guerra: o Afonso de Albuquerque e o Dão".
21 de Janeiro de 1937: "Rebentaram, esta madrugada, alguns petardos em Lisboa."
4 de Julho de 1937: "Tentaram matar-me, à bomba, quando me dirigia de automóvel para a Missa."
(...)
13 de Abril de 1961: "Mais uma conspiração... A quantas tive de fazer face desde que iniciei funções governativas? Uma dúzia? Duas? Parece que ninguém se deu ao trabalho de as contar."
(...)
(Salazar, in António Trabulo, O Diário de Salazar, Lisboa: Parceria A.M.Pereira, 2007)
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