06 setembro 2007

Ao criador (RA) e à outra criatura (PA)



Ainda jovem, fui convencido por um amigo das vantagens de uma moto em relação a um automóvel e vai daí, acabei mesmo por comprar uma Kawaskaki, aliás muito bonita e das primeiras 250c em Portugal.


Descobri depois que era demasiado distraído e despistado para circular em cima de um veículo que exigia atenção e cuidados redobrados. É verdade que a dita era um espectáculo e motivo de atracção para uma “fauna” muito especial, o que todavia me incomodava por não corresponder inteiramente ao meu perfil.


De mota mesmo, cheguei a andar cerca de um mês: deu para uns sustos – um muito grande a caminho de uma aldeia de Mogadouro – e algumas pequenas quedas, embora uma quase de morte.


Resolvi vender a moto. Costumo resumir a coisa dizendo que foi um mês para andar e outro para a vender.


Desta vez, neste novo veículo também não quero demorar mais tempo a entrar e a sair da história. É por isso que, depois de quase dois meses de participação no PC, e com os meus agradecimentos, em especial ao criador do Blog (Rui A.) e à outra criatura (PA), dou por finda esta minha primeira experiência como autor na blogosfera.


Aprendi muito e até gostei, a ponto de ter tomado o gosto por este maravilhoso novo mundo.


Só que, para desfrutar mesmo do sítio não basta gostar, é preciso estar confortável com o ambiente, com o lugar, a estética e a firmeza das ideias que erguem e mantêm de pé a construção, e também com a sobriedade do serviço e qualidade da comida que se serve aos que nos visitam.


Diz-se que um grande e conhecido artista norueguês vivia numa aldeia com só quatro habitantes. Entretanto um deles morreu, mas, mesmo assim, ele insistia em não falar com os outros dois.


Como eu pretendo continuar a dar-me com os outros dois, a não frequência do mesmo sítio vai por certo alargar a periodicidade do convívio e facilitar a continuidade da nossa relação.


É tendo em conta esta vontade de preservar uma velha amizade, mas também a necessidade de não desperdiçar mais tempo e esforço com uma situação em que não sinto confortável, que tomo esta decisão.


Obrigado ao Rui, Obrigado ao Pedro pela vossa companhia nesta viagem com tantas surpresas, encontros e desencontros, e até pelos equívocos da experiência e suas naturais atribulações.


Forte abraço
JMM

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