Quando voltei à blogosfera a convite do rui a., agora aqui no Portugal Contemporâneo, num dos primeiros posts que escrevi afirmei que a minha participação no Blasfémias tinha sido, do ponto de vista intelectual, uma das experiências mais interessantes da minha vida. E, nas semanas seguintes, dediquei três posts a outros tantos aspectos dessa experiência.
Gostaria agora de dedicar um quarto às pressões exercidas para a minha saída.
A maior veio de um colega de blogue que, há vários meses, vinha afixando posts ofensivos e insultuosos em relação à minha pessoa, e escrevendo sobre mim comentários que me pareciam absolutamente desbragados. Nos dias que antecederam a minha retirada, ele passou a pressionar os outros colegas de blogue, através de telefonemas e mails afim de me forçarem à saída - e essa pressão resultou em relação a alguns dos membros do blogue, embora não em relação a todos, nem sequer à maioria. Na fase final, numa mensagem enviada a todos através do mail interno do blogue e a que eu, naturalmente, tive acesso, eu julguei perceber até sinais de ameaças físicas.
Este meu ex-colega de blogue é universitário numa universidade pública portuguesa. E sendo embora, ainda, um universitário júnior - assistente - ele possui já toda a cultura de uma universidade pública portuguesa, e não é difícil prever aquilo que ele será quando chegar a senior.
Por essa altura, eu decidi procurar na blogosfera todos os posts que tivessem sido publicados em outros blogues a exigir a minha saída do Blasfémias. Não se tratava de posts que me fossem meramente desfavoráveis, por desgostarem de alguma ideia que eu tivesse apresentado ou mesmo da minha pessoa. Não, eu pretendia apenas posts que representassem alguma forma explícita de pressão ou de exigência para que eu saísse, ou fosse posto fora, do Blasfémias.
Encontrei dois - este e mais este - ambos com data de 23 de Abril (eu viria a abandonar o Blasfémias no dia seguinte). Fui procurar saber o que faziam na vida os seus autores. Descobri, mas já sem grande surpresa, que eram ambos universitários e um deles, pelo menos, pertencia à mesma universidade do meu ex-colega de blogue (o outro, não consegui saber a que universidade pertence, mas suspeito que à mesma).
Esta universidade está localizada na cidade que, sendo a origem e a sede do catolicismo em Portugal é, por vezes, chamada a cidade da padralhada. Só que a padralhada, agora, parece ser outra e o catecismo é certamente diferente.
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