07 agosto 2007

«paródia de liberdade»

José Manuel Moreira, hoje, no Diário Económico:

«De partida, mas a tempo de apanhar a posse do novo presidente da Câmara de Lisboa, ainda tomei conhecimento do acordo com José Sá Fernandes e do ponto que consagra, através da revisão do PDM, a obrigatoriedade de inclusão de uma quota mínima de 25% para habitação a custos controlados nos novos projectos de construção e em grandes operações de reabilitação.

Já tínhamos tido, no século passado, as rendas controladas, cujos efeitos ainda hoje se fazem sentir. Há pouco tempo, engendraram um simulacro de reforma da lei das rendas; agora, não satisfeitos, acordaram em novos equívocos. Esta gente deve ter prazer em brincar com as pessoas e em repetir os mesmos erros travestidos de novas soluções. Já para o facto de a Câmara ter o dobro dos funcionários por habitante em comparação com congéneres europeias como Madrid, não há medidas anunciadas. (...)

(...) A liberdade assistida pelo Estado será sempre uma paródia de liberdade. A verdadeira liberdade é responsável e inseparável dos valores morais: espírito de cooperação, honradez, respeito pelos compromissos, lealdade e verdade.
Sem a compreensão deste ponto de vista de liberdade, nunca conseguiremos articular e fortalecer a causa de uma sociedade livre. Uma causa que deverá ser capaz de casar as vantagens da moderna liberdade, que acentua a igualdade, com a clássica liberdade aristocrática: a liberdade de todos e a aristocracia dos melhores.»

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