O PSD sempre me pareceu o partido mais representativo da sociedade portuguesa. Menos ideológico que o PS, menos jacobino, menos intelectual e certamente menos snob, nada anti-clerical e mais conservador que o seu rival, o PSD é a grande casa partidária onde cabem todos os portugueses, da direita até à esquerda, religiosos e laicos, intelectuais e populares, a casa onde cabe sempre mais um.
Por isso, se a democracia subsistir em Portugal, O PSD está destinado a voltar ao poder. Mas não com nenhum dos seus líderes actuais ou candidatos a líderes. O PSD voltará ao poder quando aparecer um césar vindo do exterior do partido ou do anonimato das bases. Será homem, conservador, prometerá restaurar a autoridade, aproximará a Igreja, a população dar-lhe-à mão livre para fazer uma reforma profunda do Estado e relançar a economia em bases sólidas. É bem provável que na história do partido, esse período venha a ficar conhecido como "O Estado Novo".
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