26 agosto 2007

a (des)«ordem espontânea»

A «ordem espontânea» que, jura o Pedro Arroja, orientou estes 33 anos da nossa III República, pode caracterizar-se a partir dos seguintes acontecimentos mais significativos:

- Uma revolução no dia 25 de Abril de 1974;

- A radicalização da revolução entre 28 de Setembro de 1974 e 25 de Novembro de 1975, período durante o qual o Partido Comunista e a extrema-esquerda nacionalizaram e expropriaram o país, e promoveram uma descolonização criminosa;

- Uma Constituição política que entrou em vigor em 1976, onde se instituiu um regime político e económico marxista, no qual a propriedade privada era tolerada como o terceiro modelo de propriedade;

- Vários governos socialistas e social-democratas, que aumentaram desmesuradamente a despesa pública com o crescimento descontrolado da burocracia;

- 10 anos de cavaquismo;

- 6 anos de pântano guterrista e de aumento exponencial da despesa pública com paixões como a «educação pública», entre muitas outras;

- Dois primeiros-ministros que desertaram;

- Um sistema de governo semipresidencialista, criado pelos founding fathers do regime para que ninguém se conseguisse entender;

- 28 governos em 33 anos (contribuição generosa do PA na caixa de comentários a este «post»)

Para «ordem espontânea», meu caro Pedro, é, de facto, muita coisa em 33 anos.

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