05 julho 2007

uma utopia inexequível

Numa pequena cidade do Estado americano de New Jersey, comentava-se há dias numa reportagem televisiva que os órgãos municipais estavam abertos e funcionavam somente durante três dias por semana. A razão era simples: o Partido Republicano local, que a governa desde sempre, entende que o governo deve ser módico, minimamente interventivo, e que deve deixar os cidadãos conduzir as suas vidas, sem os maçar permanentemente. Em seguimento lógico deste minimalismo governativo, as autoridades locais aplicam uma reduzida carga fiscal, proporcional aos serviços prestados, e muito menor do que poderiam, se quisessem, cobrar. No fim de contas, dizem, o governo existe para servir os cidadãos na justa medida do que eles podem precisar e requerer. Tudo quanto seja ultrapassar isso é considerado abuso, logo, não é tolerável. Em última instância, tratar-se-ia de meter o nariz nos "negócios" alheios, o que é uma evidente falta de educação.
Nos Estados Unidos da América, pelo menos em algumas partes do seu imenso território, o liberalismo existe. Afinal, não é uma utopia inexequível.

5 comentários:

Anónimo disse...

e qual é a "pequena cidade do Estado americano de New Jersey" ?

convinha saber para ver se a "experiência" está a resultar bem ou não, se as pesssoas estão satisfeitas ou não

Eduardo disse...

Isso é que é o liberalismo? Uau...

A Chata disse...

Entretanto no Reino Unido:

The Independent
Published: 08 January 2007
The real reason there are more rats than ever
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"Last week, the National Pest Technicians' Association issued its annual report, pointing there is now one rat for every British person - an increase of 39 per cent in the past seven years.This isn't just a gross-out moment. It has consequences. Rats can kill humans in 35 different ways. By gnawing through electrical cables, they cause a quarter of all urban fires. Some doctors fear that we are getting close to a public health hazard.
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Until water privatisation, London's councils fended back the rat armies through a simple procedure called sewer-baiting.
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But then in 1988 the Tories sold off the water monopoly to Thames Water, a corporation accountable to private shareholders rather than to us. They didn't see why they should spend money on killing rats when they could pocket it as profit, and the practice stopped.
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The water barons have increased their pay by 200 per cent since privatisation, whacked up prices by more than 50 per cent - and slowed to a trickle all the vital public interest procedures such as sewer-baiting and infrastructure repairs."

Isto parece-me que também é liberalismo (privatizar, privatizar, privatizar)...

Anónimo disse...

Ai é isso? Bom, na minha freguesia, ainda há mais liberalismo. A junta mal reune e não cobra impostos nenhuns. E no condomínio do meu prédio, então, é que é um liberalismo radical, ó pá! Gandas malucos! Ganhei eu o concurso de liberalismos, ó Rui A.!

Ena pá, tanto liberalismo! Uma gaivota, voava, voava, asas de vento, coração de maaaar! Somos livres, somos livres de voaaar...!

Anónimo disse...

Em Portugal, em termos de trabalho efectivo, as Câmaras são capazes de trabalhar só 3 dias por semana, apesar de estarem abertas durante a semana.