13 julho 2007

um grande liberal

Com aquele arzinho detestável, entre o leviano, o cabotino e o convencido, que faz do francês médio o mais execrável cidadão do mundo, Nicolas Sarkozy rebentou sorridentemente com o Pacto de Estabilidade e Crescimento, uma das poucas coisas boas que tinham saído da União Europeia na última década. Os políticos socialistas europeus, na sua generalidade, já aplaudiram a atitude, fartos que estão de políticas económicas onde são obrigados a controlar o défice e a despesa pública. A partir de agora estão muito mais livres para aplicar as suas políticas criativas, destinadas a «estimular» as economias e a «reduzir» o desemprego. Os investimentos «produtivos» e a inflação «benéfica» já devem estar a caminho. Vai ser um fartote, ao fim de anos de contenção.
E ainda houve quem confundisse este tipo com o liberalismo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Bom, com o fim do PEC, pelo menos, uma coisa é garantida: a (relativa) autonomia de cada país poder progredir, ou desgraçar-se, por sua conta e risco. Poderia ser muito pior. Afinal de contas, o ridículo e insuportável apertar de cinto dos últimos anos, começando nos "laranjas" e acabando nos "rosas", serviu de arma de arremessmo política e de fonte de receitas para os do costume. Nada mais.
Quanto ao senhor da fotografia: lamento, mas ele foi eleito presidente de França, não da UE. Ninguém o obriga a fazer jogatanas malucas em que o interesse francês sofra mossas. Nós é que já não temos noção destas coisas.
Além do mais, no tempo dele, quem queria ser "liberal" era giscardista. Ele decidiu ser gaullista, à maneira dele. Percursos... Mas antes ele do que a Sénégalène - ou não?
Já agora, parabéns pelo novo "papel de parede" da casa.

Cordialmente,
Fernando Barragão.

Anónimo disse...

Ah, antes que me esqueça: é "arremesso", não "arremessmo".

Anónimo disse...

Todos não seremos demais para aplaudir a acção de salubridade pública que o advogado Sarkozy tem empreendido, tendo assim alcançado uma vitória colossal ao reduzir o partido do senhor Le Pen à expressão mais simples. A França está de parabéns!

Unknown disse...

Bem, Sarkozy, parece estar a retornar às velhas patacoadas socialistas/gaulistas que caracterizam, desde há décadas, o estado mais colectivista do ocidente.

Esta sua proposta "keynesiana", é apenas mais uma acha para a fogueira.

Um regresso a um passado que já deu o que tinha a dar.....
Mas há mais.... Integrou no seu governo vários ministros socialistas, claramente recusados pelos eleitores que derrotaram Segolene.
E indicou um socialista para o FMI.

A França está condenada a ter mais do mesmo, e a afundar-se no buraco em que este tipo de políticas a meteu?