14 julho 2007

a herança

"O homem nasceu livre e por toda a parte ele vive acorrentado", escreveu Rousseau num assomo de retórica que seria retomada pelo seu discípulo Karl Marx. Rousseau propunha-se libertar o homem das correntes da tradição e ele foi, na realidade, o autor de algumas das mais violentas e infundadas críticas ao sistema social fundado na liberdade, na religião, na propriedade privada e na individualidade humana.

Foi na fonte de Rousseau que beberam sucessivamente Hegel e os fundadores do socialismo, como Saint-Simon e Marx. Foi do falso racionalismo de Rousseau que nasceu o positivismo de Compte e foi ainda na sua linha de pensamento que Freud lançou as bases da Psicanálise, que viria a destruír o princípio da responsabilidade individual de que se faz a liberdade.

Do falso racionalismo de Rousseau sairia também a Macroeconomia pela mão de Keynes, que foi a origem da inflação e dos défices orçamentais da era moderna. Por fim, da Revolução Francesa e das ideias de Rousseau saiu a escola do Direito Público e, dentro dela, aquele ramo do Direito que, de entre todos, é o maior inimigo da liberdade e a versão acabada da ciência positivista da opressão - o Direito Administrativo.

1 comentário:

CN disse...

A inflação e déficit só é possível por causa da Criminalização da liberdade monetária.

Não são as teorias erradas de alguém que produzem um mal, é a força do Estado em criminalizar actos comerciais legais (liberdade monetária) que produzem todo o mal.

Todos os economistas que ridicularizam (pelo menso parece) a liberdade monetária (que levaria com toda a certeza ao padrão ouro com reservas 100%) são na verdade coniventes com o inflação+défict.

OU seja, que cada um faça o seu dever de ser fiel à verdade económica e de direito (liberdade comercial no sistema monetário).