13 julho 2007

ele nunca perseguiu um padre

O José Manuel Moreira é um colega pelo qual eu tenho grande admiração. Ele é economista e professor universitário. Ele é membro da Mont-Pelerin Society e um liberal genuíno. Às vezes, eu gostaria de ser como ele: discreto, ponderado, recolhido das polémicas, imensamente sabedor, um cavalheiro.

Não conseguindo ser nada disto ao nível do seu padrão, eu tive de me contentar com menos - o prazer de o ter ao meu lado e do Rui a partir de hoje na blogosfera, aqui no Portugal Contemporâneo.

O grande George Stigler, que foi Prémio Nobel da Economia, fazendo uso do seu proverbial sentido de humor, decidiu atestar o seu sentimento liberal escrevendo no seu livro de Memórias: "Eu nunca comandei um ataque de cavalaria, nem induzi nenhum político em qualquer nova loucura". Mas nós estamos em Portugal, não na América de Stigler. Por isso, em relação ao José Manuel, não só eu asseguro tudo isso, como asseguro muito mais - ele nunca perseguiu um padre.

11 comentários:

Carlos Guimarães Pinto disse...

Sem dúvida nenhuma, um grande valor acrescentado para a blogosfera política portuguesa.

Gabriel Silva disse...

José Manuel Moreira nos blogs. Excelente notícia

AA disse...

Muito bem-vindo!

André Azevedo Alves disse...

Sem dúvida, um reforço de peso.

CN disse...

Excelente!

Miguel Noronha disse...

Excelente notícia!

Anónimo disse...

"Valentim Loureiro está indiciado de tráfico de influências no futebol, como por exemplo o pedido que lhe foi feito aqui há uns tempos atrás por Marques Mendes e o seu pai, para que colocasse um parente na Liga" - Quitéria Barbuda in "Os Miguéis de Vasconcelos", revista "Espírito", nº 9, 2005.


www.riapa.pt.to

Unknown disse...

Excelente.

RAF disse...

Grande novidade!

Boa sorte.

Diogo disse...

Daniel Oliveira no Expresso de hoje:

Sicko

Eram escusadas as lágrimas e a pequena manipulação emocional no último filme de Michael Moore, ‘Sicko’, sobre o sistema de saúde americano. Os factos chegavam. Por cada cidadão, gastam-se nos EUA mais de sete mil dólares por ano em saúde. O dobro dos europeus. O triplo dos portugueses. Para acudir a todos? Pelo contrário. 43 milhões de americanos não têm acesso a qualquer cuidado de saúde e por isso mesmo morrem 18 mil por ano. Para ter melhor? Pelo contrário. A qualidade do sistema de saúde americano, quase exclusivamente garantido por seguradoras, põe os Estados Unidos no humilhante 37º lugar do «ranking» da Organização Mundial de Saúde. Os dez primeiros são quase todos europeus. Segure-se: Portugal está em 12º. E cerca de metade da mortalidade infantil por mil nascimentos da que é registada nos EUA. Um número a reter.

O documentário conta histórias na primeira pessoa. Um amputado que teve de escolher o dedo que poderia ver de volta olhando para o seu saldo bancário. Uma mulher que não foi aceite por uma seguradora por ser demasiado gorda. Um médico que assina de cruz todas as recusas e ganha um bónus por cada tostão que poupa à empresa.

Da próxima vez que alguém, para defender a privatização do serviço público de saúde, lhe falar de liberdade de escolha e de qualidade dos serviços veja este filme. O europeu gasta menos e pode escolher entre o privado e o público. O americano gasta mais para poder escolher entre as seguradoras e coisa nenhuma. E mesmo assim terá de negociar a sua vida.

Anónimo disse...

Os outros que se cuidem...que o Portugal Contemporâneo vai botar pá quebrar...