Entre as teses do neoliberalismo, uma das mais devastadoras é a sua crítica ao Estado Providência. Segundo esta tese, não existe lugar para um papel assistencial do Estado - o Estado não tem lugar na assistência aos pobres, aos velhos, aos desempregados, aos toxicodependentes e aos deficientes, para mencionar apenas alguns dos grupos mais carenciados na sociedade. O Estado social não possui lugar no ideário neoliberal.
Os neoliberais reconhecem naturalmente a necessidade da filantropia e da solidariedade social. Mas esta deve ser privada e voluntária, a função da família, da comunidade local, das igrejas e das organizações filantrópicas ou mutualistas - mas nunca do Estado, largamente por razões de incentivos e de eficiência económica.
Na sociedade moderna e crescentemente globalizada, onde as pessoas se deslocam facilmente de cidade em cidade ou até de país em país à procura de emprego e de oportunidades de vida, onde as relações familiares são cada vez mais fracas, o sentimento religioso mais ténue e a teia de relações pessoais e comunitárias cada vez mais débil, a rede de instituições espontâneas de solidariedade social é uma solução cada vez menos eficaz para lidar com os problemas da carência. Por isso, a cumprir-se a solução neoliberal, seriam muitas as pessoas nesta sociedade a dormir debaixo das pontes ou a morrer na rua por falta de alimentos ou de cuidados de saúde.
A tese neoliberal, neste domínio, conduz a uma espécie de darwinismo social onde apenas sobrevivem os mais capazes, e é por isso inaceitável à luz da tradição cristã. Nesta tradição, todos os homens são filhos de Deus e iguais perante Ele. Ajudar ao próximo, dar-lhe a mão em situação de dificuldade considerável, é um imperativo ético do cristianismo. E se a solução ideal é a ajuda voluntária e espontânea, se esta falhar, então que se arranje outra, nem que seja compulsiva e, portanto, organizada pelo Estado - mesmo se esta solução, do ponto de vista económico, é a menos eficiente de todas as soluções.
A crítica ao Estado Providência e, no limite, a sua abolição, que é uma tese central do neoliberalismo, possui uma origem cultural que é genuinamente judaica. Não existe povo na história que, disperso pelo mundo em pequenas comunidades, frequentemente perseguidas e oprimidas, tivesse desenvolvido uma cultura mais forte de entreajuda pessoal, de solidariedade local e comunitária, do que o povo judaico - não teria sequer conseguido sobreviver sem ela. Na tradição judaica, a assistência aos carenciados foi sempre proporcionada espontaneamente dentro da própria comunidade judaica, sem necessidade de recurso à comunidade exterior, e muito menos ao Estado, que era o seu algoz.
Os neoliberais reconhecem naturalmente a necessidade da filantropia e da solidariedade social. Mas esta deve ser privada e voluntária, a função da família, da comunidade local, das igrejas e das organizações filantrópicas ou mutualistas - mas nunca do Estado, largamente por razões de incentivos e de eficiência económica.
Na sociedade moderna e crescentemente globalizada, onde as pessoas se deslocam facilmente de cidade em cidade ou até de país em país à procura de emprego e de oportunidades de vida, onde as relações familiares são cada vez mais fracas, o sentimento religioso mais ténue e a teia de relações pessoais e comunitárias cada vez mais débil, a rede de instituições espontâneas de solidariedade social é uma solução cada vez menos eficaz para lidar com os problemas da carência. Por isso, a cumprir-se a solução neoliberal, seriam muitas as pessoas nesta sociedade a dormir debaixo das pontes ou a morrer na rua por falta de alimentos ou de cuidados de saúde.
A tese neoliberal, neste domínio, conduz a uma espécie de darwinismo social onde apenas sobrevivem os mais capazes, e é por isso inaceitável à luz da tradição cristã. Nesta tradição, todos os homens são filhos de Deus e iguais perante Ele. Ajudar ao próximo, dar-lhe a mão em situação de dificuldade considerável, é um imperativo ético do cristianismo. E se a solução ideal é a ajuda voluntária e espontânea, se esta falhar, então que se arranje outra, nem que seja compulsiva e, portanto, organizada pelo Estado - mesmo se esta solução, do ponto de vista económico, é a menos eficiente de todas as soluções.
A crítica ao Estado Providência e, no limite, a sua abolição, que é uma tese central do neoliberalismo, possui uma origem cultural que é genuinamente judaica. Não existe povo na história que, disperso pelo mundo em pequenas comunidades, frequentemente perseguidas e oprimidas, tivesse desenvolvido uma cultura mais forte de entreajuda pessoal, de solidariedade local e comunitária, do que o povo judaico - não teria sequer conseguido sobreviver sem ela. Na tradição judaica, a assistência aos carenciados foi sempre proporcionada espontaneamente dentro da própria comunidade judaica, sem necessidade de recurso à comunidade exterior, e muito menos ao Estado, que era o seu algoz.
Pelo contrário, os povos cristãos - e provavelmente os povos pertencentes a todas as outras civilizações - não tiveram idêntica experiência histórica, nunca viveram de forma prolongada e recorrente ameaçados ou perseguidos e, por isso, nunca desenvolveram uma cultura baseada em laços de solidariedade e de entreajuda espontânea que, de algum modo se compare, àquela que a nação judaica foi levada a desenvolver.
Por isso, se o Estado social fosse severamente restringido, ou abolido, como recomendaa a tese neoliberal, existe uma comunidade na seio da sociedade que nada sofreria com isso, uma comunidade que certamente iria sobreviver, e até prosperar, porque nunca precisou, ao longo da sua história, do papel assistencial do Estado - a comunidade judaica. Dificilmente algum judeu seria encontrado a dormir debaixo das pontes ou a morrer na rua por falta de alimentos ou de cuidados de saúde - seriam, sobretudo, cristãos e pessoas pertencentes a outras culturas que teriam esse fim.
6 comentários:
Os judeus nunca me enganaram. Não admira que, em linguagem comum, "judeu" seja sinónimo de fdp.
4 hero
Sou católico e , globalmente, sempre admirei os judeus.
ao longo da história foram preseguidos e torturados.
Admiro-lhes a capacidade de trabalho, de união, de sobrevivência.
Eu , católico romano, sempre tive e continuo a ter um fraco por essa raça, por esse povo, por essa cidade (Jerusalem) que achei das mais belas que vi.
Esta é a tese dos bilderbergers.
Vejam os seus simbolos e compreenderão o quanto eles estão ligados ao sionismo mundial.
Ó anónimo das 2:29, já agora pensa que foram eles que lerparam aquele que veio falar do amor na Terra.
Parabéns. As suas análises são muito boas e já fazia falta alguém sem medo e que pusesse os judeus no seu devido lugar.
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