16 maio 2007

o regresso do eixo

Assim que acabou a cerimónia de tomada de posse, Nicolas Sarkozy rumou para a Alemanha, para uma reunião com Angela Merkel, a fim de debaterem o futuro da Europa, isto é, da União Europeia.
A importância do facto é óbvia: Sarkozy assinala como primeira prioridade da sua acção governativa a política europeia e a reconstituição do eixo franco-alemão, que foi sempre o dínamo da integração comunitária, e que esteve adormecido nos últimos anos devido à senilidade pessoal e política de Jacques Chirac e Gerhard Schroeder. As consequências desta decisão são, também, evidentes: a aprovação, para breve, de um tratado constitucional para a União Europeia (o antigo ou um novo, indo, de resto, ao encontro da vontade expressa da Chanceler alemã), o reforço do processo de integração comunitário dirigido por esses dois países, e uma substancial redução da importância política da instituição mais supranacional da União - a Comissão, cujo Presidente, José Manuel Durão Barroso, não foi, ao que se sabe, convidado a estar presente.
Neste cenário, haverá, por certo, necessidade de encontrar um novo protagonista para chefiar a Comissão, o que levará a um mais do que provável regresso a casa antecipado do seu actual presidente.

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