As candidaturas independentes de Carmona Rodrigues e de Helena Roseta à Câmara de Lisboa, e num passado recente as de Manuel Alegre à Presidência da República, e as de outros candidatos independentes nas últimas eleições autárquicas, começam a evidenciar que, ao fim de trinta e três anos de regime, há vida política em Portugal para além dos partidos. Às vezes, sem ser pelas melhores razões, o que é facto é que um conjunto de candidatos tornados independentes tem vindo a obter resultados interessantes, alguns até vencedores, nas eleições onde concorrem e a que Constituição permite as suas candidaturas. Só esta razão explica, de resto, que a lei continue a proibir a apresentação de candidaturas independentes em lista própria às eleições legislativas, e o eterno adiamento da criação de círculos uninominais onde aquelas candidaturas, mais tarde ou mais cedo, acabariam por ter que ser aceites. O oligopólio dos partidos fundadores do regime sobre o sistema mantém-se, assim, por via de uma lei eleitoral que não querem mudar.
2 comentários:
Não sou tão optimista.
Bom dia.
Curiosamente, começa a ler-se uma «presunção fatal»...Afinal o sentido de cidadania está a despoletar.
Quem sabe, se não é assim que Portugal se vai cumprir.
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