Afinal, Carmona Rodrigues não será candidato à Câmara de Lisboa. Diz que não tem tempo para reunir 4.000 assinaturas, apesar dos muitos apoios que teve nos últimos dias. Helena Roseta também começa a sentir dificuldades e provavelmente não conseguirá candidatar-se. Nos últimos dias, viu-se envolvida num emaranhado legal: recorreu da data das eleições, alegando que os prazos legais não foram respeitados. Parece, porém, que a lei que permite as candidaturas de independentes às eleições autárquicas, veda a possibilidade de recurso aos candidatos que não se apresentem em listas partidárias. Na melhor das hipóteses, se a sua petição for admitida, a decisão só será conhecida muito depois de 1 de Julho. Isto é, já depois das eleições e com nova Câmara eleita.
Está visto que até nestas eleições, que por via impositiva do Direito Comunitário se viram abertas a independentes, o proteccionismo do Estado aos partidos é enorme, ao ponto daqueles praticamente não conseguirem candidatar-se. Note-se que, nestes dois casos, não estamos a falar de cidadãos comuns, mas num putativo candidato que é ainda presidente da autarquia, e uma política e técnica prestigiada com anos de carreira pública. Imagine-se, agora, como seria com cidadãos verdadeiramente independentes... Não há dúvida que o sistema continuará fechado por muitos e bons anos.
P.S.: Hoje mesmo o P.S. e o P.S.D. entretiveram-se, pela enésima vez, a discutir a criação de círculos uninominais para as eleições legislativas. Hipótese que, segundo António Martins, o P.S. aceita desde que seja salvaguardado o «sagrado princípio da representação proporcional». Isto é, o célebre método de Hondt. Que, combinado com os círculos uninominais, deve dar uma fórmula extraordinária...
Está visto que até nestas eleições, que por via impositiva do Direito Comunitário se viram abertas a independentes, o proteccionismo do Estado aos partidos é enorme, ao ponto daqueles praticamente não conseguirem candidatar-se. Note-se que, nestes dois casos, não estamos a falar de cidadãos comuns, mas num putativo candidato que é ainda presidente da autarquia, e uma política e técnica prestigiada com anos de carreira pública. Imagine-se, agora, como seria com cidadãos verdadeiramente independentes... Não há dúvida que o sistema continuará fechado por muitos e bons anos.
P.S.: Hoje mesmo o P.S. e o P.S.D. entretiveram-se, pela enésima vez, a discutir a criação de círculos uninominais para as eleições legislativas. Hipótese que, segundo António Martins, o P.S. aceita desde que seja salvaguardado o «sagrado princípio da representação proporcional». Isto é, o célebre método de Hondt. Que, combinado com os círculos uninominais, deve dar uma fórmula extraordinária...
1 comentário:
Li hoje classificar de "claustrofobia" a situação que vivemos. Parece, parece...
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