Um pouco movido por esta minha bizarra veleidade de presumir que posso ainda aprender alguma coisa com esta idade, dei por mim a ler um livro de um conhecido socialista francês, Jacques Attali, sobre um tema que anda ultimamente na berra na blogosfera nacional: os judeus.
O título do livro, entre o conspirativo e o histórico, não deixa espaço a ilusões sobre o seu conteúdo: «Les Juifs, le monde et l’argent», nele se descrevendo pormenorizadamente o que o povo judeu tem passado ao longo da história, e tentando estabelecer, com rigor histórico, as suas sempre tão afirmadas relações com os temas recorrentes do dinheiro e da alta finança.
Segundo Attali, os valores mais firmes do judaísmo forjaram-se numa diáspora, que tem sido particularmente dura ao longo dos séculos, e concebem três pilares fundamentais sobre os quais sustentam a sua doutrina económica: trabalho, concorrência e solidariedade. O objectivo evidente seria o de «fixer les milleures conditions de survie du groupe en milieu étranger» (p. 61). Mais do que compreensível, portanto.
Estas regras existenciais, sem dúvida próprias de gente honrada e trabalhadora, foram especialmente desenvolvidas nas comunidades judaicas da diáspora, por compreensíveis razões de sobrevivência individual e de grupo, tendo originado uma forte coesão interna e a laços de solidariedade e auxílio intensos estabelecidos entre os seus membros. Razão pela qual, os judeus e as suas comunidades foram vistos frequentemente de soslaio e com alguma desconfiança pelas outras pessoas das comunidades a que não pertenciam. Acresce a isto que sendo gente trabalhadora e organizada, frequentemente conseguindo sucesso à custa do seu esforço e da sua inteligência, irritavam mais ainda. Como é sabido, a «lei do menor esforço» é o primeiro postulado do comportamento económico da maior parte dos seres humanos. Se alguém trabalha, progride e enriquece, ainda que esforçada e legitimamente, dificilmente escapa à crítica e à censura. Quando não a acusações de enriquecimento ilícito. Como nós, os portugueses de hoje e de sempre, bem o sabemos…
É nas suas últimas páginas que o livro de Attali ganha mais interesse para a ponderação das teorias do «anti-sionismo económico», segundo as quais o domínio judaico dos grandes interesses económicos e financeiros do mundo resulta numa evidência. Diz o velho socialista francês que, hoje em dia, «três rares sont les entreprises restées proprement juives» (p. 558). Enumera, em seguida, uma série de grandes empresas americanas, entre elas a Walt Disney, a Time Warner, a Warner Music, a ABC, a CBS, a Microsoft, a Oracle, a Reuter (inglesa), a Newhouse (imprensa escrita), fundadas por judeus, que já não pertencem às famílias dos seus fundadores e não são propriamente «controladas» (conceito um pouco bizarro numa grande multinacional) por judeus. Depois enumera um conjunto de bancos fundados por judeus, que foram imensamente importantes no século XIX – Warburg, Seligman. Bichoffsheim, Khun-Loeb, etc., e que, entretanto, se tornaram insignificantes no nosso tempo. A Salomon Brothers e a Chrysler, potentados empresariais fundados por judeus, também já não pertencem às famílias dos seus fundadores. Na Europa, alega o autor, os grandes bancos judaicos, desapareceram na 2 Guerra Mundial, e não renasceram no seu término. Exemplo extremo: o Deutsche Bank, fundado pelo judeu Ludwig Bamberger, não tem qualquer ligação actual a judeus. Conclusão de Attali: «il n'y a plus - ou presque plus - d' "argent juif"» (p. 559). O que não significa, obviamente, que não existam judeus no mundo dos negócios ou na direcção de grandes empresas financeiras. Também era o que mais faltava! Mas o mito do férreo controlo do mundo financeiro pelo «povo eleito», onde, na verdade, existem inúmeros outros actores que nada têm a ver com esse povo, bem como a sua perda de controlo de muitas instituições que foram suas e já não são, demonstra que não passa disso mesmo: de um mito.
O título do livro, entre o conspirativo e o histórico, não deixa espaço a ilusões sobre o seu conteúdo: «Les Juifs, le monde et l’argent», nele se descrevendo pormenorizadamente o que o povo judeu tem passado ao longo da história, e tentando estabelecer, com rigor histórico, as suas sempre tão afirmadas relações com os temas recorrentes do dinheiro e da alta finança.
Segundo Attali, os valores mais firmes do judaísmo forjaram-se numa diáspora, que tem sido particularmente dura ao longo dos séculos, e concebem três pilares fundamentais sobre os quais sustentam a sua doutrina económica: trabalho, concorrência e solidariedade. O objectivo evidente seria o de «fixer les milleures conditions de survie du groupe en milieu étranger» (p. 61). Mais do que compreensível, portanto.
Estas regras existenciais, sem dúvida próprias de gente honrada e trabalhadora, foram especialmente desenvolvidas nas comunidades judaicas da diáspora, por compreensíveis razões de sobrevivência individual e de grupo, tendo originado uma forte coesão interna e a laços de solidariedade e auxílio intensos estabelecidos entre os seus membros. Razão pela qual, os judeus e as suas comunidades foram vistos frequentemente de soslaio e com alguma desconfiança pelas outras pessoas das comunidades a que não pertenciam. Acresce a isto que sendo gente trabalhadora e organizada, frequentemente conseguindo sucesso à custa do seu esforço e da sua inteligência, irritavam mais ainda. Como é sabido, a «lei do menor esforço» é o primeiro postulado do comportamento económico da maior parte dos seres humanos. Se alguém trabalha, progride e enriquece, ainda que esforçada e legitimamente, dificilmente escapa à crítica e à censura. Quando não a acusações de enriquecimento ilícito. Como nós, os portugueses de hoje e de sempre, bem o sabemos…
É nas suas últimas páginas que o livro de Attali ganha mais interesse para a ponderação das teorias do «anti-sionismo económico», segundo as quais o domínio judaico dos grandes interesses económicos e financeiros do mundo resulta numa evidência. Diz o velho socialista francês que, hoje em dia, «três rares sont les entreprises restées proprement juives» (p. 558). Enumera, em seguida, uma série de grandes empresas americanas, entre elas a Walt Disney, a Time Warner, a Warner Music, a ABC, a CBS, a Microsoft, a Oracle, a Reuter (inglesa), a Newhouse (imprensa escrita), fundadas por judeus, que já não pertencem às famílias dos seus fundadores e não são propriamente «controladas» (conceito um pouco bizarro numa grande multinacional) por judeus. Depois enumera um conjunto de bancos fundados por judeus, que foram imensamente importantes no século XIX – Warburg, Seligman. Bichoffsheim, Khun-Loeb, etc., e que, entretanto, se tornaram insignificantes no nosso tempo. A Salomon Brothers e a Chrysler, potentados empresariais fundados por judeus, também já não pertencem às famílias dos seus fundadores. Na Europa, alega o autor, os grandes bancos judaicos, desapareceram na 2 Guerra Mundial, e não renasceram no seu término. Exemplo extremo: o Deutsche Bank, fundado pelo judeu Ludwig Bamberger, não tem qualquer ligação actual a judeus. Conclusão de Attali: «il n'y a plus - ou presque plus - d' "argent juif"» (p. 559). O que não significa, obviamente, que não existam judeus no mundo dos negócios ou na direcção de grandes empresas financeiras. Também era o que mais faltava! Mas o mito do férreo controlo do mundo financeiro pelo «povo eleito», onde, na verdade, existem inúmeros outros actores que nada têm a ver com esse povo, bem como a sua perda de controlo de muitas instituições que foram suas e já não são, demonstra que não passa disso mesmo: de um mito.
É evidente que o mito perdura, sobretudo quando situado no chamado «anti-semitismo económico e político», este último focado, sobretudo, nas relações e nas conveniências estabelecidas entre o Estado de Israel e as várias Administrações norte-americanas. Estas formas de «anti-semitismo» não escolhem intérpretes específicos, envolvendo, até, conhecidos intelectuais americanos e judeus, como Noam Chomsky, que por várias vezes assumiu posições públicas contrárias aos interesses geopolíticos do Estado de Israel. O que deita por terra, também, o mito da ilimitada solidariedade entre os judeus.
Dei por mim a pensar nestas e noutras questões graças ao excelente trabalho intelectual de Pedro Arroja, consubstanciado nestes dois «post» publicados no «Blasfémias», seguidos a estas duas citações também aí editadas em tom de franca provocação. O que, curiosamente, para mim sobressaiu no que escreveu, foi verificar uma profunda identidade entre aquilo que Arroja afirma sobre a ligação do lobby judaico americano à Casa Branca e à política de Israel no Médio Oriente (as questões da defesa da guerra preventiva por Gary Becker, a bomba atómica israelita e os idênticos direitos dos outros Estados regionais, as posições oficiais no caso dos «cartoons» de Maomé, etc.), com o que diz alguma esquerda europeia. Francamente, as suas posições em relação a este assunto (como anteriormente em relação aos «neocons») são claramente de esquerda. Do meu ponto de vista, baseadas num preconceito, note-se bem, entendido literalmente como um conceito estabelecido antes da verificação dos factos, sobre a influência real do povo judaico e do Estado de Israel no mundo e na política americanas. Preconceito que, basta abrir um jornal diário, é, de facto, dominante na intelligentsia europeia, contra Israel e, deixemo-nos de tretas, o seu povo, os judeus.
Por mim, do ponto de vista do liberalismo, que não tenho nem por ser de esquerda nem de direita, é uma posição, à semelhança de muitas outras, intelectualmente admissível. Como é, também, refutável. Desde que o seja com factos e não com outros preconceitos.
Por mim, do ponto de vista do liberalismo, que não tenho nem por ser de esquerda nem de direita, é uma posição, à semelhança de muitas outras, intelectualmente admissível. Como é, também, refutável. Desde que o seja com factos e não com outros preconceitos.
25 comentários:
Diz o Pedro Arroja
"Presumo que os intelectuais de cultura judaica são sempre mais fieis à sua cultura do que à verdade e que, em caso de conflito entre ambas, optam pela primeira em detrimento da segunda - e sem hesitação."
Diz o rui
a.
"Por mim, do ponto de vista do liberalismo, que não tenho nem por ser de esquerda nem de direita, é uma posição, à semelhança de muitas outras, intelectualmente admissível"
Tenho que concluir que para o rui a. de facto não há posições que não sejam intelectualmente admissíveis...
caramelo
"Estas formas de «anti-semitismo» não escolhem intérpretes específicos, envolvendo, até, conhecidos intelectuais americanos e judeus, como Noam Chomsky, que por várias vezes assumiu posições públicas contrárias aos interesses geopolíticos do Estado de Israel."
Criticar o Estado de Israel não é automaticamente anti-semitismo. Isso é como dizer que criticar o governo americano é atacar as tropas no Iraque. É redutor e é falso.
«Criticar o Estado de Israel não é automaticamente anti-semitismo. Isso é como dizer que criticar o governo americano é atacar as tropas no Iraque. É redutor e é falso.»
Eu não o teria dito melhor.
Estimados Ultrasilent e SV: independentemente do que dizem, a verdade prática é que as teorias de anti-semitismo criticam o governo e a nação de Israel.
Digo eu...
Saloio
"Estimados Ultrasilent e SV: independentemente do que dizem, a verdade prática é que as teorias de anti-semitismo criticam o governo e a nação de Israel."
É verdade. Normalmente os anti-semitas criticam Israel. O que eu digo não ser verdade é o contrário. Quem critica Israel não é automaticamente anti-semita.
Caríssimos,
Compreendo o argumento. Mas, pergunto, Israel não é o país dos judeus? O Estado que eles criaram, onde vivem e que governam? Na direcção do qual se têm sucedido governos de diferentes cores políticas, democraticamente eleitõs? Então?...
Caríssimos,
Compreendo o argumento. Mas, pergunto, Israel não é o país dos judeus? O Estado que eles criaram, onde vivem e que governam? Na direcção do qual se têm sucedido governos de diferentes cores políticas, democraticamente eleitõs? Então?...
O anterior comentário é meu.
rui a.
E os judeus não são aqueles que, para além de terem narizes compridos e ar de doninha, também faltam à verdade? Então?...
caramelo
"Criticar o Estado de Israel não é automaticamente anti-semitismo. Isso é como dizer que criticar o governo americano é atacar as tropas no Iraque. É redutor e é falso."
As críticas as Israel colocam muitas vezes a sua própria existência em questão. Essas críticas não são comparáveis ás críticas contra os americanos.
Lucklucky
«E os judeus não são aqueles que, para além de terem narizes compridos e ar de doninha, também faltam à verdade?»
Onde é que leu isso?
"Onde é que leu isso?"
Onde é que li isso? Em lado nenhum. Viu algumas aspas no comentário? Porque é que pergunta? Acha a frase muito chocante?
caramelo
«Acha a frase muito chocante?»
Acho, por princípio, chocantes as generalizações. Anatómicas ou outras. Já tenho escrito sobre isso.
Eu também fico sempre chocadíssima quando chamam anões àquelas pessoas muito pequeninas.
E já publiquei um paper sobre o assunto
Mas tive a sorte da comunidade académica não me ter detectado nenhuma síndrome chomskyana.
«trabalho intelectual de Pedro Arroja»
Oxímoro.
Anónimo, acho que faz muito bem em achar chocante. É claro que o menos importante naquela minha frase é o aspecto anatómico. Muito pior é aquela treta sobre a falta de fidelidade à verdade por parte dos intelectuais judeus. Eu a isso chamo anti-semitismo, porque sou um gajo muito tradicionalista. Mas parece que agora não é muito correcto chamar-se isso. O correcto é dizer-se que a coisa é "politicamente incorrecta" e uma manifestação de liberdade de expressão. E chamar imbecil a quem diz uma coisa dessas, então, é que seria um ai jesus...
zazie, não tem nada a ver com isso.
caramelo
tem, tem. Já foi provado cientificamente que a síndrome de chomsky se manifesta com sintomas de preconceito esquerdalho.
E dizem que tanto se pode notar pelo crescimento do nariz como na paulatina diminuição da altura
Já no caso da síndrome rabínica acontecem outros fenómenos mais complicados. Um deles é a diminuição do proboscídio nasal e o outro é mais íntimo e, felizmente, só ataca o género masculino
Rui A.,
É interessante o argumento do seu post.
É uma posição com a qual me identifico.
Não percebo é a linha de argumentação nos comments. Uma pessoa é anti-semita por criticar algumas políticas do Estado de Israel?
Custa-me ainda um bocado prender-me a uma identificação quase cega entre a vontade popular e a vontade do Estado.
Mesmo nas democracias mais avançadas o Estado e as suas políticas não são necessariamente reflexo do povo.
Pode-se criticar as políticas do Estado de Israel sem criticar o povo Israelita.
Já agora, e a título de provocação: sabendo o que se sabe hoje, se voltássemos a 1948, fundava-se o Estado de Israel ou não?
"As críticas as Israel colocam muitas vezes a sua própria existência em questão. Essas críticas não são comparáveis ás críticas contra os americanos" - luckylucky
Colocar a existência do Estado de Israel, da maneira como ele agora existe, em questão não é a mesma coisa que dizer que os judeus são isto e aquilo. Não é antísemitco. É antisionista. E há uma grande diferença. Há judeus que são antisionista, que não apoiam a criação, ou existência, de um Estado para judeus. Esses judeus (e não judeus) são constantemente, e erradamente, acusados de antisemitismo. Não é sempre verdade que sejam antisemitas. Eu não sou antisemita. Não tenho nada contra os judeus. Nem julgo os judeus por serem judeus. Por essa razão, sou contra a existência de um Estado de Israel nos moldes em que existe hoje em dia. O que não quer dizer que eu apoio a pulverização dos habitantes.
Ó Ultrasilent, com todo o respeito: já vi que o senhor gosta de fugir da realidade, e que para si o estado de Israel não devia existir - mesmo por decisão da ONU.
Se está a pensar em termos de ocupação "indevida" olhe que Israel ficou com muito menos do que outros países árabes (como o Egipto, a Jordânia, etc.). Esses é que ficaram com 90 % do território palestiniano.
Para si é mais romantica a história do "judeu errante". Só que na vida real...
Digo eu...
Saloio
«Anónimo said...
Estimados Ultrasilent e SV: independentemente do que dizem, a verdade prática é que as teorias de anti-semitismo criticam o governo e a nação de Israel.
Digo eu...»
Já o inverso não é verdadeiro: nem todos os críticos do Estado e governo de Israel são anti-semitas.
Pode-se acusar os judeus Noam Chomsky e David Grossman de anti-semitismo?
A opinião crítica sobre a política de Israel no mundo não é indissociável da "condição" judaica do seu povo.
Não me referia à questão das fronteiras. Referia-me à discriminação contra os cidadãos israelitas não-judeus. Admito que me exprimi mal. Mas a ideia era dizer que, não sendo antisemita, posso ser antisionista, querendo dizer que sou contra um Estado de Israel em que judeus são cidadãos de primeira e os não judeus são cidadãos de segunda.
Comentário sobre esta questão no Blasfémias (que bloqueou o meu IP entretanto, liberalices...):
"É só papos LR, se você fosse judeu não teria escrito nada disto." - creTINA, uma entre muitas/os...
Essa é, de facto, uma concepção típicamente sionista, a do egocentrismo comunitarista. O judeu, na perspectiva sionista, é sempre a favor do judeu, tenha ele ou não razão, seja ele o perseguido e massacrado ou o carrasco e ocupante. O direito e a moral estão ausentes deste pronunciamento. Apoia-se o judeu porque ele é judeu. Só por isso. E rouba-se a terra do outro só porque se tem a força para o fazer, o que não dá resposta satisfatória a esta questão: e se a força mudar ?
Ora isso é profundamente racista e incompatível com a ideossincrasia europeia. Na nossa cultura política pós-45, todos os povos do mundo são iguais e os conflitos resolvem-se tomando por referência normas ético-jurídicas universalizáveis (que possam ser reconhecidas como justas por todos), segundo a lição de Kant. O europeu da UE (culto e não cretino, ça va de soi) é assim pró-judeu, não sistematicamente, mas apenas quando o judeu é vitima de discriminação e genocídio, e anti-sionista quando o sionismo oprime, massacra e ocupa. Só assim há coerência e justiça. Não vivemos num mundo de aliados e inimigos imutáveis, ao sabor de alianças baseadas, não no direito, mas num prescrito estado de necessidade pré-45. É isso que o poder sionista e o seu lacaio buhista esquecem, perfilhando o unilateralismo e a irrelevância do direito internacional, e com isso fazendo perigar a paz do mundo, já que o unilateralismo legitima o unilateralismo oposto e nem sempre o que parece mais forte o vem a demonstrar, como se viu no Iraque e no Líbano e ainda se verá melhor no futuro.
Foi isso, por outras palavras, o que P. Arroja disse, e é pena que não o possa continuar a dizer, por acção de ignorantes e cretinos, bloggers ou comentadores, que manifestamemte não mereceram a sorte, nem mediram o privilégio, de o terem tido aqui.
Parece que alguns ainda não compreenderam que, a não ser que algo de radical aconteça entretanto, o Blasfemias ficou ferido de morte, indo inelutavelmente definhar. Os homens não são iguais, e são raros os que são originais e pensam com autenticidade. Que geram valor acrescentado, não se limitando a repetir lugares comuns, cinzentices e patetices politicamente correctas. E só com esses é que vale a pena trocar ideias. O resto é perda de tempo. Porque a mediocridade atrai mediocridade e a excelência atrai excelência. O bando dos 4 escolheu boçalmente a primeira e não é com patéticas e "liberais" censuras e bloqueios de IP's (grotesca censura e cobardia de eunucos intelectuais) que vai impedir que isso se vá tornar cada vez mais claro.
Pedro Arroja fará o que decidir, mas eu se estivesse no seu lugar criava um blogue ("Arrojado", era uma boa ideia), ou juntava-me a um existente, de nível intelectual conveniente, e arrombava literalmente com o Blasfémias, eventualmente aspirando deste os elementos válidos.
Isso poderia ser feito em dois meses, como fez o saudoso Espectro, deixando literalmente o CAA com as calças na mão, depois da canalhice que fez à Constança e aos que com ela se solidarizaram. Ora, sem desfazer desta e sobretudo do VPV, eu acho que o Pedro Arroja tem ainda mais força "blogosférica".
Pedro Arroja, faça-nos esse favor. Faça jogar a concorrência e mostre a estes badamecos do miserável Bando dos 4 como é que se bloga a sério... O estudo de mercado está feito. Os riscos são nulos. E eles merecem uma boa lição.
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