Tal como o JCD, também não li o Equador e não tenciono lê-lo. Não se trata de nenhum preconceito contra o autor, de quem até tenho boa impressão como jornalista e comentador político, mas somente de racionalizar o meu tempo. Existem certamente umas (pelo menos) boas centenas de romances de qualidade superior à do livro de Miguel Sousa Tavares, que ainda não li e que gostaria de ler, embora provavelmente não o consiga vir a fazer. Por isso, ignoro se existem partes do romance que tenham sido plagiadas. Pelo que conheço do autor, não acredito que o tenha feito. Seria excessivamente estúpido, e estúpido é que não me parece que Miguel Sousa Tavares seja. Contudo, não sei, porque não li. Não sei, logo, não opino. Mas o que sei é que um país que transforma um hipotético plágio literário num caso nacional é, perdoe-me o plágio o Almirante Pinheiro de Azevedo, um país de merda, que não merece qualquer originalidade. Embora, por mim, visse com bons olhos a solução do «litígio» provocado pela ofensa com as pauladas prometidas pelo autor, uma verdadeira originalidade se comparada com a morosidade habitual da nossa justiça.
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