23 julho 2006

a moleza da vida

Visitar o Brasil em trabalho e vê-lo com os olhos de um europeu ocidental habituado às mordomias do "Estado social", é um experiência fascinante e muito pedagógica.
Hoje de manhã, num programa televisivo de uma tv carioca, dedicado à pequena iniciativa privada, um empresário que começara do nada e que, com muito trabalho, conseguiu um bom nível de vida, descrevia a sua experiência afirmando que "a vida só é dura para quem for mole".
Esta é uma lição a que nós europeus deveríamos prestar mais atenção. Na verdade, o Estado social desincentivou o esforço individual e fez-nos acreditar que se as coisas corressem mal, com facilidade alguém cuidaria de nós. Daí às reformas aos cinquenta anos de idade, aos rendimentos mínimos garantidos, aos serviços públicos gratuítos, aos longos períodos de férias e às intermináveis "pontes", aos intermináveis subsídios, etc., foi um pequeno mas ruinoso passo. O "modelo social europeu" fez-nos acreditar que com menos trabalho e pouco esforço podíamos garantir um elevado nível de vida. Ora isso, como está agora à vista de todos, é impossível.
De facto, Estado social amoleceu-nos e agora estamos todos a pagar a factura.

Sem comentários: