É quase inacreditável assistir ao erro grosseiro que a esquerda, toda a esquerda, cometeu nestas eleições presidenciais ao centrar de forma obsessiva o pleno das suas atenções no seu único adversário, o prof. Cavaco Silva.
A coisa foi inaugurada oficialmente com a apresentação da candidatura do dr. Mário Soares, submetida ao tema dominante do «passeio na Avenida» do prof. Cavaco. Avançou para formas quase grotescas com a transformação dos outros três candidatos de esquerda, Alegre, Jerónimo e Louçã, em comentadores televisivos da conferência de imprensa de apresentação da candidatura de Cavaco. Agravou-se em todos os debates televisivos onde, estivesse ou não Cavaco, ele foi sempre uma referência permanente e constante, como se os seus adversários existissem só e apenas em sua função. Tem vindo a atingir picos de hilariedade com a discussão do tema «será que podemos dormir sossegados com Cavaco?», com que os seus opositores se têm, e nos têm, deliciado. E parece que terminará com as habituais manifestações anticipadas de mau perder contra as sondagens, as coberturas televisivas, a falta ou a natureza dos debates, etc., etc., etc.
Tudo isto só poderá aceitar-se em razão de uma estratégia tacitamente concertada de fazer de Cavaco o inimigo comum da esquerda, de modo a maximizar os votos nos seus candidatos, para além das divisões existentes. Só que essa estratégia esbarra com um óbice evidente: o que os portugueses esperam do próximo Presidente é que ele seja um «salvador da pátria» e não tanto um decisor ideologicamente marcado.
Assim, fazerem incidir os holofotes sobre o professor, que, ainda por cima, detém a imagem de um ex-governante competente há muito afastado da política, logo, absolutamente irresponsável pela situação actual do país, a esquerda concedeu-lhe um invejável estatuto de supremacia. Daí até ganhar as eleições bastará, a Cavaco Silva, continuar a fazer aquilo em que é especialista: estar calado.
A coisa foi inaugurada oficialmente com a apresentação da candidatura do dr. Mário Soares, submetida ao tema dominante do «passeio na Avenida» do prof. Cavaco. Avançou para formas quase grotescas com a transformação dos outros três candidatos de esquerda, Alegre, Jerónimo e Louçã, em comentadores televisivos da conferência de imprensa de apresentação da candidatura de Cavaco. Agravou-se em todos os debates televisivos onde, estivesse ou não Cavaco, ele foi sempre uma referência permanente e constante, como se os seus adversários existissem só e apenas em sua função. Tem vindo a atingir picos de hilariedade com a discussão do tema «será que podemos dormir sossegados com Cavaco?», com que os seus opositores se têm, e nos têm, deliciado. E parece que terminará com as habituais manifestações anticipadas de mau perder contra as sondagens, as coberturas televisivas, a falta ou a natureza dos debates, etc., etc., etc.
Tudo isto só poderá aceitar-se em razão de uma estratégia tacitamente concertada de fazer de Cavaco o inimigo comum da esquerda, de modo a maximizar os votos nos seus candidatos, para além das divisões existentes. Só que essa estratégia esbarra com um óbice evidente: o que os portugueses esperam do próximo Presidente é que ele seja um «salvador da pátria» e não tanto um decisor ideologicamente marcado.
Assim, fazerem incidir os holofotes sobre o professor, que, ainda por cima, detém a imagem de um ex-governante competente há muito afastado da política, logo, absolutamente irresponsável pela situação actual do país, a esquerda concedeu-lhe um invejável estatuto de supremacia. Daí até ganhar as eleições bastará, a Cavaco Silva, continuar a fazer aquilo em que é especialista: estar calado.
7 comentários:
a tua análise é interessante.
por outro lado, é no mínimo estranho que os portugueses se preparem para eleger um presidente cuja principal qualidade parece ser a de estar calado.
alguém (apoiante de qualquer uma das candidaturas) pode ficar tranquilo com isto?
rui.david@gmail.com
olá rui
vim cá para desejar um bom Natal para ti e para os teus
beijocas
“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar
irritado algumas vezes, mas não
esqueço de que minha vida é a maior
empresa do mundo. E que posso evitar que
ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões
e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si, mas ser
capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma. É agradecer a Deus
a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem
para ouvir um “não”. É ter
segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...”
Fernando Pessoa.
Feliz Natal.
Cavaco absolutamente irresponsável? Boa,Rui.
Mensagem subrepticia deste post do Rui:
Cavaco absolutamente irresponsável.
What a great site » » »
Where did you find it? Interesting read minivan Mcse certified professionals buy ultram All shipmodels freelancer http://www.financial-planning-for-disabled-children.info Latex high-heeled boots acne product Barry douglas plastic surgeon sport medicina engine looksmart marketing search Axl face lift rose epson stylus c80 ink cartridges audio conferencing
Enviar um comentário