(Continuação daqui)
429. Processo Cível (VII)
Professor Jónatas Machado
Julho e Setembro
Em Julho, entrou o meu recurso no Tribunal da Relação do Porto e, em Setembro, também o do eurodeputado Paulo Rangel.
Durante o julgamento de primeira
instância referi várias vezes o livro “Liberdade de Expressão” do Professor
Jónatas Machado da Universidade de Coimbra - uma das poucas referências
bibliográficas em português sobre a jurisprudência do TEDH -, para argumentar
que, à luz desta jurisprudência, o meu caso era um simples caso-de-escola, e
que acabaria absolvido, senão no Tribunal de Matosinhos, certamente no TRP ou,
em última instância no TEDH, como veio a acontecer. E, na realidade, no acórdão
“Almeida Arroja v. Portugal” de 19 de Março de 2024, sete juízes por
unanimidade condenaram o Estado português por violação do meu direito à
liberdade de expressão.
Pois, com a maior surpresa, fui informado pela minha advogada, e mais tarde confirmei lendo os documentos, que o recurso do Paulo Rangel era acompanhado de um extenso Parecer do Professor Jónatas Machado (hoje director da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) a recomendar a minha condenação.
Eu não podia acreditar (*).
_______________________________
(*) Olhando para trás, o Parecer foi bastante incompetente, para dizer o mínimo (cf. aqui). Quanto terá custado?
(Continua acolá)
Sem comentários:
Enviar um comentário