(Continuação daqui)
2. Subsidiariedade
A Doutrina Social da Igreja está assente em três pilares teológicos fundamentais - subsidiariedade, personalismo e solidariedade (3). O socialismo partilha um destes valores - a solidariedade -, mas não os outros dois. O Liberalismo partilha dois desses valores, mas distorce-os a ambos - o personalismo católico é transformado no individualismo liberal, e a subsidiariedade católica é muitas vezes transformada em minimalidade liberal.
O Liberalismo defende o Estado Mínimo, às vezes referido como o Estado-polícia, atribuindo-lhe as funções mínimas de defesa nacional, representação externa, justiça e administração interna. Em contraste, o Socialismo defende o Estado-Providência, o qual, às funções anteriores junta toda uma gama de outras funções sociais e igualizadoras, como a segurança social, a saúde e a educação.
O Catolicismo defende o Estado Subsidiário. O Estado Subsidiário é aquele que é chamado a desempenhar as funções que as pessoas na comunidade não conseguem realizar através dos seus arranjos espontâneos (v.g., associações, igrejas, empresas). O Estado Subsidiário é uma concepção flexível do Estado que é compatível com o Estado Mínimo ou com o Estado Providência, ou com qualquer outro tamanho do Estado, dependendo das tradições de cada comunidade e, em particular, do espírito de iniciativa nela prevalecente.
(Continua acolá)

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